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Dólar recua com exterior mas resiste no patamar dos R$ 3,30

Dólar recuou 0,47 por cento, a 3,3036 reais na venda, depois de acumular ganhos de 3 por cento nas cinco semanas passadas

Dólar: ambiente externo mais tranquilo devido ao alívio com os temores de guerra comercial fez moeda recuar (foto/Thinkstock)

Dólar: ambiente externo mais tranquilo devido ao alívio com os temores de guerra comercial fez moeda recuar (foto/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 26 de março de 2018 às 17h12.

Última atualização em 26 de março de 2018 às 18h40.

São Paulo - O dólar encerrou a segunda-feira em queda, após fechar cinco semanas seguidas de alta e de ter ido acima de 3,30 reais, diante do ambiente externo mais tranquilo devido ao alívio com os temores de eventual guerra comercial global.

O dólar recuou 0,47 por cento, a 3,3036 reais na venda, depois de acumular ganhos de 3 por cento nas cinco semanas passadas. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,30 por cento no final da tarde.

"O mercado está cautelosamente esperançoso que os Estados Unidos e a China cheguem a um acordo comercial", afirmou o diretor de operações da Mirae Asset, Pablo Spyer.

Os EUA pediram à China na semana passada que reduza a tarifa sobre os carros norte-americanos, compre mais semicondutores feitos no país e dê às empresas norte-americanas maior acesso ao setor financeiro chinês, informou nesta segunda-feira o Wall Street Journal.

Segundo a publicação, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e o representante do Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, listaram medidas que Washington quer que a China adote em uma carta a Liu He, recém-indicado vice-primeiro-ministro que supervisiona a economia da China.

Com a possibilidade de acordo que impeça uma guerra comercial, o dólar caía ante uma cesta de moedas e divisas de países emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano.

Internamente, o mercado respirou aliviado após a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) de rejeitar os embargos de declaração da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a condenação no processo sobre o tríplex no Guarujá (SP). Lula é considerado um candidato menos comprometido com as contas públicas.

Com a decisão, Lula poderá ser preso caso o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeite no próximo dia 4 de abril um pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do petista junto à corte em Brasília.

Com o trânsito em julgado na segunda instância, Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, fica enquadrado na Lei da Ficha Limpa, que torna inelegível condenados em órgãos colegiados do Judiciário.

O Banco Central brasileiro vendeu nesta sessão toda a oferta de até 14 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de abril. Dessa forma, já rolou 7,7 bilhões de dólares do total de 9,029 bilhões de dólares.

Se mantiver esse volume e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.

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