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Dólar recua 5% no mês e fecha em R$ 3,65 com Previdência e cautela do Fed

Moeda norte-americana acumulou queda de 5,6% no mês frente ao real

Dólar: Moeda americana recuou 1,77% (Getty Images/Getty Images)

Dólar: Moeda americana recuou 1,77% (Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 17h17.

Última atualização em 31 de janeiro de 2019 às 17h33.

São Paulo - O dólar fechou com queda acentuada ante o real nesta quinta-feira, com maior apetite global a risco após o Federal Reserve reforçar o tom moderado em relação ao processo de alta de juro dos Estados Unidos, bem como sinalizações do governo consideradas positivas no mercado sobre a reforma da Previdência. O dólar recuou 1,77 por cento, a 3,6588 reais na venda. Na máxima da sessão, chegou a 3,6822 e reais e na mínima, tocou 3,6370 reais.

No mês, a moeda norte-americana acumulou declínio de 5,6 por cento frente ao real. O dólar futuro caía 0,9 por cento.

O Fed deixou a taxa de juros inalterada na véspera, como já era amplamente esperado, mas sinalizou que será paciente com relação a novos aumentos, o que sugere que o ciclo de aperto iniciado em 2015 pode ter terminado.

"Essa postura um pouco mais 'dovish' (do Fed) abre o leque de oportunidades de investimentos no Brasil", afirmou o diretor da corretora Mirae, Pablo Spyer, explicando que o fato de o banco central norte-americano não elevar juros beneficia e muito ativos de mercados emergentes.

Do cenário doméstico, agentes financeiros receberam bem comentários do vice-presidente, Hamilton Mourão, sobre a proposta de reforma da Previdência, de que será uma reforma única e incluirá militares.

O fim do recesso no Legislativo e a formação das mesas diretoras de cada casa do Congresso também são aguardados nas mesas de negociações, uma vez que são necessárias para o governo começar a avançar com sua agenda econômica.

O pregão ainda foi marcado pela formação da taxa Ptax de final de mês, usada na liquidação de diversos derivativos cambiais e sua formação de preços. A cotação fechou em 3,6519 reais para venda.

Nesta sessão, o Banco Central vendeu 1,72 bilhão de reais, de um total de 3 bilhões de dólares, no segundo dia de leilão de linha para rolar um montante de 6,2 bilhões de dólares que vencem em 4 de fevereiro. Somando à quantidade vendida na véspera, rolou apenas 4,92 bilhões de reais.

O BC também anunciou que pretende rolar integralmente os 9,811 bilhões de dólares em contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares, que vencem em março. Na sexta-feira fará o primeiro leilão, de até 10,33 mil contratos.

 

 

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