Invest

Dólar poderia cair 3,5% com resolução orçamentária, diz Barclays

Moeda poderia cair com uma "resolução satisfatória" para questões de curto prazo do Orçamento, como a possível votação nesta semana da PEC dos precatórios

Discussão sobre “normalização parcial” da política monetária ganha fôlego com dólar menor  (Adrienne Bresnahan/Getty Images)

Discussão sobre “normalização parcial” da política monetária ganha fôlego com dólar menor (Adrienne Bresnahan/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 18 de outubro de 2021 às 15h38.

Última atualização em 18 de outubro de 2021 às 16h51.

O dólar poderia cair até 3,5% ante o real no caso de uma "resolução satisfatória" para questões de curto prazo do Orçamento, como a possível votação nesta semana da PEC dos precatórios na Câmara, disseram profissionais do Barclays em nota nesta segunda-feira.

Segundo cálculos, essa seria a contribuição do fator local à performance fraca da taxa de câmbio entre agosto e a primeira metade de setembro, o que os profissionais entendem como uma reação à incerteza político-fiscal doméstica.

"Uma resolução das questões orçamentárias de curto prazo (precatórios, expansão de programas sociais etc.) poderia permitir que parte desse prêmio de risco fosse eliminada", disseram.

O que se considera como a última parcela do auxílio emergencial está sendo paga neste mês, aumentando a pressão sobre o Executivo acerca de uma extensão do benefício ou da instituição de um Bolsa Família turbinado, que se chamaria Auxílio Brasil.

Desde a segunda quinzena de setembro, porém, outros fatores têm se tornado mais determinantes na formação do preço da taxa de câmbio, com o componente internacional mais presente depois da reunião de política monetária do banco central dos EUA, disse o Barclays.

Mas um elemento "residual" (não capturado pelo modelo do banco) começou a ter mais influência no sentido de elevar o dólar nas últimas semanas, disseram os profissionais, para quem as intervenções do Banco Central no câmbio foram ditadas em parte pelo desempenho pior do real, que não estaria correlacionado a outros fatores.

Segundo o Barclays, o aumento desse componente residual pode estar relacionado ao recente rali nos preços globais de energia e às discussões na seara política para reduzir a volatilidade dos preços locais dos combustíveis.

"Não esperamos que o [fator] residual seja corrigido de forma significativa com uma resolução da incerteza orçamentária, visto que seu aumento recente parece um tanto desconectado da discussão fiscal principal."

Acompanhe tudo sobre:DólarMoedasOrçamento federalPrecatóriosReal

Mais de Invest

Qual a diferença entre herdeiros necessários e testamentários?

Mercado pressiona Fed por novo corte de 50 na próxima reunião

Quais são os documentos necessários para fazer um inventário extrajudicial?

Petrobras bate recorde de investidores, mesmo com queda de CPFs na B3