Mercados

Dólar passa por correção e sobe 0,58% ante real

Na véspera, o dólar flertou com o patamar de 3,19 reais, numa sessão em que predominou o sinal de baixa

Dólar: "O dólar testou o técnico e psicológico nível de 3,20 reais" (foto/Thinkstock)

Dólar: "O dólar testou o técnico e psicológico nível de 3,20 reais" (foto/Thinkstock)

R

Reuters

Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 17h14.

São Paulo - Depois de cair mais de 3 por cento na primeira quinzena de janeiro, o dólar passou por movimento de correção e fechou em alta sobre o real nesta terça-feira, influenciada pelo avanço da moeda norte-americana no exterior e o recuo dos preços das commodities.

O dólar avançou 0,58 por cento, a 3,2289 reais na venda, depois de acumular perdas de 3,14 por cento no ano até a véspera. Na máxima do dia, a moeda norte-americana foi a 3,2386 reais. O dólar futuro subia cerca de 0,40 por cento no final da tarde.

"O dólar testou o técnico e psicológico nível de 3,20 reais", afirmou o operador da corretora H.Commcor, Cleber Alessie Machado, para quem apenas mais fluxo de capitais ou queda do dólar no exterior seriam capazes de fazer a divisa norte-americana quebrar esse piso.

Na véspera, o dólar flertou com o patamar de 3,19 reais, numa sessão em que predominou o sinal de baixa, só revertido na reta final com fluxo comprador atraído pelos níveis de preços.

No exterior, o dólar operava com leves ganhos ante algumas divisas de países emergentes e também uma cesta de moedas, influenciada pela perda de força do euro.

A moeda única dava uma pausa depois de ter avançado com força diante do otimismo com o cenário econômico para a zona do euro e expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) reduza seu estímulo monetário.

"Além disso, as commodities tiveram um dia de perdas, influenciando na correção do dólar", afirmou o profissional da mesa de câmbio de uma corretora local. Os preços do petróleo e dos metais caíam nesta sessão.

Como pano de fundo, os investidores continuaram cautelosos diante das negociações que o governo do presidente Michel Temer tem de fazer para garantir a votação da reforma da Previdência no mês que vem.

A matéria é considerada essencial para colocar as contas públicas do país em ordem e os atrasos na sua votação acabaram por levar o Brasil a ser rebaixado pela agência de classificação de risco Standard & Poor's na semana passada.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólareconomia-brasileiraEstados Unidos (EUA)

Mais de Mercados

Banco do Brasil promove trocas nas lideranças de cinco empresas do conglomerado

Bolsas globais superam desempenho dos EUA nos primeiros seis meses do governo Trump

Ibovespa fecha em queda de 1,61% pressionado por tensões políticas

Dólar fecha em alta de 0,73% após Bolsonaro ser alvo de operação da PF