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Dólar passa a subir ante real após dados de emprego nos EUA

Às 10h45, a moeda norte-americana subia 0,83 por cento, a 3,0366 reais na venda, após atingir 3,0463 reais na máxima


	Dólar: a divisa norte-americana se fortalecia ante as principais moedas globais, atingindo a máxima em 11 anos e meio
 (Arquivo/Agência Brasil)

Dólar: a divisa norte-americana se fortalecia ante as principais moedas globais, atingindo a máxima em 11 anos e meio (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2015 às 11h15.

São Paulo - O dólar anulou a queda e passou a subir ante o real nesta sexta-feira, após o mercado de trabalho dos Estados Unidos criar mais vagas do que o esperado em fevereiro, reforçando as apostas de que os juros devem começar a subir em breve na maior economia do mundo.

Às 10h45, a moeda norte-americana subia 0,83 por cento, a 3,0366 reais na venda, após atingir 3,0463 reais na máxima, com alta de mais de 1 por cento, e 2,9832 reais na mínima da sessão. Na véspera, a divisa fechou acima de 3 reais pela primeira vez desde agosto de 2004.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 370 milhões de dólares.

A economia norte-americana abriu 295 mil postos de trabalho em fevereiro, acima da projeção de economistas consultados em pesquisa da Reuters, que previam 240 mil.

O resultado deu fôlego às expectativas de que o aperto monetário nos EUA terá início em meados do ano, o que poderia atrair para o país recursos aplicados em outros mercados.

A divisa norte-americana se fortalecia ante as principais moedas globais, atingindo a máxima em 11 anos e meio contra uma cesta de divisas e o maior nível desde 2003 em relação ao euro.

"Toda a região (América Latina) está sofrendo, mas o real é especialmente vulnerável, em função dos problemas fiscais", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

No Brasil, preocupações sobre o futuro do plano de ajuste das contas públicas têm elevado as cotações do dólar nas últimas semanas. Alguns investidores têm evitado ativos brasileiros, temendo que o governo não seja capaz de resgatar a credibilidade da política fiscal.

A disparada da moeda norte-americana, que subiu pelo quinto pregão consecutivo, levava muitos operadores a especular que o BC poderia elevar a oferta de swaps cambiais de forma a rolar integralmente o lote que vence em abril.

Essa expectativa contribuiu para manter o dólar em baixa pela manhã.

Se mantiver até o penúltimo pregão do mês o ritmo atual de rolagem de swaps, com a oferta de 7,4 mil contratos por dia, a autoridade monetária rolará perto de 80 por cento do lote de abril, que equivale a 9,964 bilhões de dólares.

"É uma pulga atrás da orelha. O mercado começa a se perguntar se pode vir mais swap", resumiu o operador de câmbio da corretora Intercam, Glauber Romano.

Operadores também têm dúvidas sobre a continuidade do programa de intervenções diárias no câmbio, marcado para durar até pelo menos o fim deste mês.

Nesta manhã, a autoridade monetária vendeu a oferta total de até 2 mil swaps pelas rações diárias, divididos igualmente entre os vencimentos em 1º de dezembro de 2015 e 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a 98,1 milhões de dólares.

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