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Dólar oscila perto da estabilidade

Nesta manhã, predomina o sinal negativo nas Bolsas europeias, enquanto o euro estava em US$ 1,2837 às 9h23, de US$ 1,2820 no fim da tarde de terça-feira (02)


	No mercado futuro, às 9h21, o dólar para maio de 2013 subia 0,02%, a R$ 2,0290, mesma taxa registrada no inicio da sessão
 (AFP)

No mercado futuro, às 9h21, o dólar para maio de 2013 subia 0,02%, a R$ 2,0290, mesma taxa registrada no inicio da sessão (AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2013 às 10h15.

São Paulo - O mercado de câmbio doméstico abriu nesta quarta-feira com o dólar perto da estabilidade, acompanhando o relativo equilíbrio da moeda norte-americana ante seus principais pares no exterior.

O dólar à vista no balcão começou a sessão a R$ 2,0190 (-0,15%). No mercado futuro, às 9h21, o dólar para maio de 2013 subia 0,02%, a R$ 2,0290, mesma taxa registrada no inicio da sessão. Até esse horário, o dólar maio oscilou de R$ 2,0260 (-0,12%) a R$ 2,030 (+0,07%).

Nesta manhã, predomina o sinal negativo nas Bolsas europeias, enquanto o euro estava em US$ 1,2837 às 9h23, de US$ 1,2820 no fim da tarde de terça-feira (02). O dólar estava em 93,40 ienes, de 93,43 ienes na véspera.

O comportamento quase "de lado" das moedas nesta quarta-feira reflete o sentimento de cautela dos investidores em relação aos indicadores e eventos previstos para hoje e o resto da semana, além de um feriado amanhã e sexta-feira na China, disse um operador de tesouraria de um banco.

Os agentes de câmbio no Brasil estão na expectativa com os dados sobre o fluxo cambial, que saem às 12h30, mesmo horário previsto para o anúncio do Índice Commodities Brasil (IC-Br) de março. Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que a confiança do empresário do comércio evoluiu desfavoravelmente em março, quando avaliado em médias móveis.

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) foi de -2,3% para o trimestre encerrado em março,, em comparação ao resultado do mesmo período do ano anterior. É a terceira piora consecutiva do indicador.

Em fevereiro, a taxa havia sido de -0,9% na mesma base de comparação. "O resultado geral da pesquisa revela um ritmo de atividade entre moderado e forte ao final do primeiro trimestre do ano e expectativas menos otimistas em relação aos próximos meses.", informou a FGV, em nota oficial. Já às 10 horas, sai o índice dos gerentes de compras (PMI) do setor de serviços em março, apurado pelo HSBC.


Mais cedo, a BB Seguridade, braço de seguros do Banco do Brasil, também anunciou uma oferta pública de distribuição secundária com valor inicial de 500 milhões de ações ordinárias da companhia e de titularidade do acionista vendedor.

A oferta poderá ser acrescida em até 15% em lote suplementar e em outros 20% no lote adicional. A faixa de preço estimado para a ação é de R$ 15,00 a R$ 18,00, com a oferta podendo alcançar R$ 12,150 bilhões, incluindo os lotes extras. O início dos negócios com ações da oferta está previsto para 25 de abril, sob o código "BBSE3".

A intenção da BB Seguridade é atrair investidores nacionais e estrangeiros para a operação. Eventual adesão de investidores não residentes poderá reforçar o fluxo financeiro para o País.

O BC atualiza hoje os dados de fluxo cambial, mas em março até o dia 22, o segmento financeiro, que inclui investimentos estrangeiros e remessas de lucros, entre outras operações, contabilizou um saldo negativo de US$ 1,089 bilhão no período. As operações comerciais, por outro lado, mostraram entrada líquida de US$ 1,353 bilhão no período.

Como resultado, o fluxo cambial foi positivo em US$ 264 milhões no mês passado até dia 22. No acumulado de 2013 até 22 de março, o fluxo cambial está negativo em US$ 2,227 bilhões, com entrada de US$ 486 milhões no segmento financeiro e saída de US$ 2,712 bilhões no comercial.

Nos EUA, a agenda de indicadores para esta quarta-feira traz como destaque o relatório da ADP/Macroeconomic Advisers sobre a criação de empregos em março e o índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços para o mesmo mês, medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM).

Ontem, os investidores reagiram bem ao crescimento das encomendas de bens manufaturados à indústria norte-americana, o que sinaliza a continuação da recuperação econômica do país.


Contudo, também estão em compasso de espera pela divulgação, na sexta-feira, da pesquisa mensal sobre o mercado de trabalho dos EUA. Um resultado melhor do que o esperado poderá levantar receios de que o Federal Reserve reduza as medidas de estímulo econômico antes do previsto.

No Japão, o iene opera praticamente "de lado" ante o dólar antes do anúncio da decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês). A expectativa é que a primeira reunião de política monetária do BoJ sob o comando de Haruhiko Kuroda resulte no anúncio de medidas de estímulo à economia, ainda que a atividade de serviços tenha registrado um recorde no mês passado.

Na China, o setor de serviços também teve expansão em março, mas o índice de sentimento do consumidor caiu no mês passado. De acordo com a Market News International (MNI), a confiança nas condições atuais da China aumentou, mas houve um declínio nas expectativas futuras.

Em comunicado divulgado após a reunião trimestral do Comitê de Política Monetária, o Banco Central da China (PBoC) informou que a economia do país está crescendo de forma constante e a tendência de preços está basicamente estável.


O Comitê advertiu, porém, que ainda existem incertezas, particularmente em relação à recuperação econômica global. No comunicado, o PBoC afirmou que continuará a implementar uma política monetária "prudente", balanceando os quatro objetivos de crescimento constante, ajuste da estrutura econômica, controle da inflação e prevenção de riscos.

O cuidado também pauta os investidores nesta véspera de decisões de política monetária, amanhã, do Banco da Inglaterra (BoE) e do Banco Central Europeu (BCE).

Na zona do euro, a desaceleração da inflação ao consumidor dos 17 países europeus que compartilham o euro, para 1,7% em março ante igual mês de 2012 - na menor alta desde agosto de 2010 - deve favorecer a manutenção dos juros, mas não estão descartadas eventuais medidas para impulsionar a atividade econômica da região.

Vale destacar ainda que o Chipre e o Fundo Monetário Internacional (FMI) chegaram a um acordo para uma linha de crédito de 1,0 bilhão de euros, complementando a ajuda de 9,0 bilhões de euros que a ilha receberá de seus parceiros da zona do euro.

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