Câmbio: às 10h55, o dólar recuava 0,46 por cento, a 2,2490 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o volume de negociação estava pouco superior a 15 milhões de dólares (REUTERS/Bruno Domingos)
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2013 às 11h51.
São Paulo - O dólar operava em queda ante o real nesta quarta-feira, com investidores aguardando o resultado da reunião de política monetária do Federal Reserve em que poderá ser anunciado o primeiro corte no programa de compra de ativos.
Às 10h55, o dólar recuava 0,46 por cento, a 2,2490 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o volume de negociação estava pouco superior a 15 milhões de dólares.
"O mercado vai ficar meio estacionado esperando a reunião do Fed", afirmou o operador de câmbio da Renascença José Carlos Amado.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed divulga às 15h a decisão sobre o futuro da política monetária ultra-expansionista dos Estados Unidos. Na sequência, o chairman Ben Bernanke dá entrevista para explicar o resultado.
Investidores esperam que o banco reduzirá em apenas 10 bilhões de dólares o programa, que atualmente injeta 85 bilhões de dólares mensais na economia.
Contribuíam para a queda do dólar ante o real as atuações do Banco Central no mercado de câmbio. Mais cedo, foram realizados dois leilões de swap cambial tradicional (equivalente a venda de dólares no mercado futuro): um previsto no cronograma de intervenções diárias do BC e outro com a finalidade de rolar papéis que vencem em 1º de outubro deste ano.
No primeiro, foi vendida a oferta total de 10 mil contratos com vencimento em 3 de fevereiro de 2014, com volume financeiro equivalente a 497 milhões de dólares. No segundo, foram vendidos todos os 55,3 mil contratos ofertados, distribuídos entre os vencimentos de 1º de abril de 2014, 1º de julho de 2014 e 1º de outubro de 2014. O volume financeiro equivalente da operação foi de 2,718 bilhões de dólares.
"Acho que os leilões dão um fôlego para a valorização do real, especialmente em momentos quando o mercado tende a operar com uma liquidez reduzida no compasso de espera do Fed", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.