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Dólar inicia junho abaixo de R$ 3,90 e Ibovespa fecha estável

Moeda recuou 0,90%, a R$ 3,8890 na venda, de olho em sinais para nova alta de juros nos EUA

Dólar: menor valor em mais de um mês (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

Dólar: menor valor em mais de um mês (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

TL

Tais Laporta

Publicado em 3 de junho de 2019 às 17h32.

Última atualização em 3 de junho de 2019 às 18h00.

O dólar operou em queda livre na primeira sessão de junho e terminou abaixo de R$ 3,90, o menor valor frente ao real em um mês e meio. As apostas de um novo aumento de juros dos Estados Unidos ajudaram a enfraquecer a moeda.

A moeda norte-americana recuou 0,90%, negociada a R$ 3,8890 na venda. A última vez que fechou abaixo deste valor foi no dia 15 de abril, a R$ 3,8688.

Ibovespa perdeu fôlego e fechou sem variação

Já o Ibovespa, principal índice de ações da B3, começou junho praticamente estável, fechando em alta de 0,01%, aos 97.020 pontos. As ações da mineradora Vale e a processadora de carnes JBS ficaram entre as maiores quedas e ofuscaram o efeito positivo da alta de Petrobras.

Mais cedo, o indicador chegou a subir, mas perdeu o rumo enquanto o mercado reagia a um cenário misto no exterior e de olho na pauta política no Brasil.

A maior parte das bolsas asiáticas operou em baixa com o acirramento da guerra comercial China e EUA. Em Wall Street, ações de gigantes do setor de tecnologia derrubadas por temores de um aperto regulatório. Potenciais medidas antitruste afetaram fortemente Google, Amazon e Facebook.

No Brasil, o mês começou com a agenda política sob os holofotes, particularmente a análise da reforma da Previdência em comissão especial da Câmara dos Deputados, com relatório final previsto para até o dia 15.

Em relatório, a equipe da Brasil Plural notou que, nas últimas semanas, melhoraram as perspectivas sobre a aprovação, citando a menor animosidades entre Executivo e Legislativo.

As atenções também ficaram voltadas para a MP 871, de combate a fraudes no INSS. A MP perderá a validade se não for aprovada no Senado nesta segunda-feira.

Destaques do Ibovespa

O destaque do dia foi a rede de móveis e eletrodomésticos VIA VAREJO, controlada pelo Grupo Pão de Açúcar, que avançou mais de 5%, em meio a especulações sobre interessados em adquirir a rede, entre eles LOJAS AMERICANAS, que fechou em baixa.

Desde o final de 2016, o GPA tenta vender a Via Varejo para se concentrar em varejo alimentar.

A estatal de petróleo PETROBRAS subiu quase 2% nas ações preferenciais (PN), apesar da redução da alta dos preços do petróleo no exterior, com o noticiário da petrolífera incluindo início da divulgação de mais uma etapa de seu programa de desinvestimentos.

A mineradora VALE teve valorização de 0,35%, apesar da queda dos preços do minério de ferro na China. Analistas do Itaú BBA ajustaram estimativas para a mineradora e elevaram o preço-alvo das ações para R$ 63 ante R$ 58.

A produtora de papel e celulose SUZANO caiu mais de 2% e KLABIN perdeu em torno de 1,6%, tendo no radar comentário do Morgan Stanley, estimando menor crescimento da demanda de celulose em 2019 e 2020.

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