Dólar hoje opera em alta após falas de Trump sobre tarifas comerciais recíprocas (Designed by/Freepik)
Publicado em 7 de fevereiro de 2025 às 12h08.
Última atualização em 7 de fevereiro de 2025 às 14h59.
Na sexta-feira, 7, o dólar abriu o dia com leve baixa em relação ao real, influenciado por dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos. O relatório de emprego norte-americano indicou a criação de 143 mil postos de trabalho em janeiro, abaixo da expectativa de 170 mil, sugerindo uma desaceleração na economia dos EUA.
Entretanto, ao longo do dia, Trump declarou que pretende anunciar tarifas comerciais recíprocas, o que fez o dólar ter uma variação positiva de 0,33% e operar em R$ 5,79.[/grifar]. A proposta imporia taxas equivalentes às que parceiros comerciais aplicam sobre exportações americanas. Ainda não está claro quais países seriam afetados, mas a medida poderia atingir o Brasil.
Além dos dados de emprego e a fala recente de Trump, o mercado permanece atento às tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Vale relembrar que o presidente norte-americano impôs uma tarifa de 10% sobre produtos chineses, ação que resultou em retaliações por parte de Pequim. Anteriormente, tarifas de 25% sobre importações do México e Canadá foram suspensas por 30 dias, após compromissos desses países em reforçar o controle fronteiriço com os EUA.
No cenário doméstico, investidores analisam declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que afirmou que as políticas governamentais visando um "patamar mais adequado" para o dólar deverão impactar os preços nas próximas semanas.
Essas declarações ocorrem após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmar que a inflação está "totalmente controlada", apesar de indicadores recentes apontarem para uma possível pressão inflacionária.
O Banco Central anunciou a realização de um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para rolagem de vencimentos previstos para 5 de março de 2025, medida que visa fornecer liquidez ao mercado e conter a volatilidade cambial.
Analistas destacam que a combinação de fatores externos, como os dados econômicos dos EUA e as disputas comerciais, juntamente com o cenário político e econômico interno, continuará influenciando o comportamento do dólar nas próximas semanas.
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