(Craig Hastings/Getty Images)
Analista de SEO
Publicado em 19 de junho de 2023 às 10h54.
Última atualização em 20 de junho de 2023 às 14h47.
O dólar hoje fechou em queda, com menor cotação em mais de um ano, com queda de -0,92% a 4,775. No fechamento da última sexta-feira, o dólar fechou em alta de 0,39% frente ao real, chegando a R$4,819.
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A bom humor do mercado no início da semana está relacionado com a perspectiva da melhora da economia. O boletim Focus do Banco Central, que agrega o consenso de economistas do mercado para os principais indicadores econômicos do país. Mais uma vez, as perspectivas foram positivamente revisadas, com as expectativas de inflação sendo revisadas para baixo e as de crescimento para cima.
Além disso, nos últimos dias, o dólar fechou em baixa impactado pela decisão do Federal Reserve (Fed). Na última semana, o banco central americano manteve a taxa de juros inalterada entre 5% e 5,25%. A decisão marcou a primeira interrupção do ciclo de alta de juros, iniciado em março de 2022. Entretanto, o FED deixou claro que a manutenção da taxa de juros não deve ser encarada como o fim do ciclo de aperto monetário.
O dólar comercial hoje está sendo negociado a R$ 4,775. Nas casas de câmbio, o dólar turismo está sendo cotado a R$4,870. Na sexta-feira, a moeda era negociada a R$4,819.
O dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transação no mercado de câmbio. Isso computa exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que são normalmente feitas por grandes empresas e bancos.
Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito.
A cotação do dólar turismo é mais cara, pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.
Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real, já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda.
O Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.
A queda do dólar frente ao real traz impactos significativos para a economia brasileira. Entre os principais efeitos estão:
Exportações: Com um real mais valorizado, as exportações brasileiras tornam-se mais competitivas, impulsionando o setor e favorecendo a balança comercial.
Inflação: Uma cotação do dólar mais baixa pode ajudar a conter a inflação, uma vez que reduz o custo de importação de produtos.
Investimentos estrangeiros: Um real mais forte pode atrair investimentos estrangeiros para o país, impulsionando a economia e estimulando o crescimento de diversos setores.
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