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Dólar hoje: fechou em queda após declarações de Lagarde e Powell

A moeda americana fechou em queda com mercado em expectativa em relação aos juros americanos

Moeda americana pode encerrar a sexta com queda pela sexta semana  consecutiva (Itaci Batista/Estadão Conteúdo)

Moeda americana pode encerrar a sexta com queda pela sexta semana consecutiva (Itaci Batista/Estadão Conteúdo)

Ana Cardim
Ana Cardim

Analista de SEO

Publicado em 1 de dezembro de 2023 às 09h32.

Última atualização em 4 de dezembro de 2023 às 08h58.

O dólar hoje, 1, fechou em queda de 0,70% a R$4,880, com as atenções estão voltadas para as declarações de Christine Lagarde, do Banco Central Europeu, e Jerome Powell, do Federal Reserve.

Powell declarou que é prematuro tanto afirmar que o ciclo de elevação das taxas de juros nos Estados Unidos chegou ao fim quanto discutir possíveis reduções na taxa dos Fed funds.

Dados econômicos robustos, como a revisão do PIB dos EUA para 5,2% no terceiro trimestre, têm freado especulações de cortes mais precoces. Os PMIs de novembro nos EUA serão monitorados, e o Brasil divulgará a Produção Industrial de outubro, projetando um aumento anual de 1.6%.

Quanto está o dólar hoje?

O dólar comercial hoje fechou em queda, a R$ 4,880. Nas casas de câmbio, o dólar turismo está sendo cotado a R$4,950. Na última quinta-feira, a moeda americana fechou em alta de 0,56% a R$4,914.

Cotação do dólar

Dólar comercial

  • Venda: R$ 4,881
  • Compra: R$ 4,880

Dólar turismo

  • Venda: R$ 5,090
  • Compra: R$4,980

          O que move o mercado?

          • Falas de Powell e Lagarde: Christine Lagarde (BCE) e Jerome Powell (Fed) evitam mencionar cortes de juros, mas a pressão por cortes no primeiro semestre aumenta. Expectativas de cortes em março nos EUA, enquanto na Europa se vislumbra um ciclo de queda em 2024, cenário-base do Goldman Sachs. As falas dos banqueiros centrais podem fortalecer a tese de cortes mais cedo ou interromper temporariamente essa perspectiva.
          • PMIs e Dados Econômicos: Dados robustos da atividade econômica, como a revisão do PIB dos EUA para 5,2%, têm freado especulações de cortes de juros precoces. Índices de Gerente de Compras (PMIs) dos EUA de novembro serão divulgados, esperando-se uma melhora em relação ao mês anterior.
          • Produção Industrial no Brasil: O IBGE divulgará a Produção Industrial de outubro no Brasil, com a expectativa de uma alta anual de 1,6%.
          • Negociação da Gafisa (GFSA3): A Gafisa vende sua participação na RK8 SPE Empreendimentos e Participações para a CM Capital Markets por R$ 280 milhões, com parte do pagamento em dinheiro e parte em abatimento de dívidas. A Gafisa permanece como incorporadora, construtora e comercializadora do empreendimento.

          Qual a diferença do dólar comercial para o dólar turismo?

          dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transação no mercado de câmbio. Isso computa exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que normalmente são feitas por grandes empresas e bancos.

          Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito.

          Por que o dólar turismo é mais caro?

          cotação do dólar turismo é mais cara, pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.

          Por que o dólar cai?

          Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real, já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda.

          Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.

          Quais os impactos da queda do dólar?

          A queda do dólar frente ao real traz impactos significativos para a economia brasileira. Entre os principais efeitos estão:

          • Exportações: Com um real mais valorizado, as exportações brasileiras tornam-se mais competitivas, impulsionando o setor e favorecendo a balança comercial.
          • Inflação: Uma cotação do dólar mais baixa pode ajudar a conter a inflação, uma vez que reduz o custo de importação de produtos.
          • Investimentos estrangeiros: Um real mais forte pode atrair investimentos estrangeiros para o país, impulsionando a economia e estimulando o crescimento de diversos setores.

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