(Ricardo Moraes/Reuters)
Jornalista
Publicado em 30 de agosto de 2023 às 10h20.
Última atualização em 30 de agosto de 2023 às 17h44.
O dólar hoje fechou em alta nesta quarta-feira, 30. A moeda americana subiu 0,30% a R$4,869, com os mercados globais enfrentam um dia de volatilidade, caracterizado por um movimento corretivo após as altas observadas ontem, quando os dados de emprego nos Estados Unidos ficaram aquém das expectativas, sinalizando uma desaceleração no mercado de trabalho norte-americano e fortalecendo a especulação de que o Federal Reserve (Fed), poderia interromper o ciclo de aumento das taxas de juros.
Enquanto isso, no mercado doméstico, o foco se volta para o cenário político, com a expectativa do envio do Orçamento de 2024 pelo governo federal ao Congresso Nacional. A entrega do documento até o final de agosto é aguardada para revelar as estratégias de aumento da arrecadação federal. Ontem, o dólar fechou em queda de 0,42% a R$4,854.
O dólar comercial hoje está sendo negociado a R$ 4,869. Nas casas de câmbio, o dólar turismo está sendo cotado a R$4,869. Na última terça-feira, a moeda era negociada a R$4,854.
O dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transação no mercado de câmbio. Isso computa exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que normalmente são feitas por grandes empresas e bancos.
Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito.
A cotação do dólar turismo é mais cara pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.
Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real, já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda.
O Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.
A queda do dólar frente ao real traz impactos significativos para a economia brasileira. Entre os principais efeitos estão:
Exportações: Com um real mais valorizado, as exportações brasileiras tornam-se mais competitivas, impulsionando o setor e favorecendo a balança comercial.
Inflação: Uma cotação do dólar mais baixa pode ajudar a conter a inflação, uma vez que reduz o custo de importação de produtos.
Investimentos estrangeiros: Um real mais forte pode atrair investimentos estrangeiros para o país, impulsionando a economia e estimulando o crescimento de diversos setores.