(Adam Drobiec/EyeEm/Getty Images)
Jornalista
Publicado em 10 de outubro de 2023 às 09h36.
Última atualização em 10 de outubro de 2023 às 17h34.
O dólar hoje fecha em queda nesta terça-feira, 10. A moeda americana fechou em queda de 1,44% a R$ 5,056, com otimismo do mercado em relação às futuras taxas de juros nos Estados Unidos. Em contrapartida, o cenário ainda é de aversão ao risco com a guerra entre Israel e o Hamas.
Na última segunda-feira, Philip Jefferson, vice-presidente do conselho do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), enfatizou a necessidade de extrema cautela em qualquer aumento futuro nas taxas de juros dos EUA, atualmente situadas entre 5,25% e 5,50% ao ano, para evitar impactos significativos na maior economia do mundo. A fala do dirigente impactou fortemente a moeda americana que dólar fechou em queda de 0,62% a R$5,130.
O dólar comercial hoje está sendo negociado a R$ 5,056. Nas casas de câmbio, o dólar turismo está sendo cotado a R$5,160. Na última segunda-feira, a moeda era negociada a R$5,130.
O dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transação no mercado de câmbio. Isso computa exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que normalmente são feitas por grandes empresas e bancos.
Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito.
Por que o dólar turismo é mais caro?
A cotação do dólar turismo é mais cara pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.
Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real, já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda.
O Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.
A queda do dólar frente ao real traz impactos significativos para a economia brasileira. Entre os principais efeitos estão:
Exportações: Com um real mais valorizado, as exportações brasileiras tornam-se mais competitivas, impulsionando o setor e favorecendo a balança comercial.
Inflação: Uma cotação do dólar mais baixa pode ajudar a conter a inflação, uma vez que reduz o custo de importação de produtos.
Investimentos estrangeiros: Um real mais forte pode atrair investimentos estrangeiros para o país, impulsionando a economia e estimulando o crescimento de diversos setores.