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Dólar fica em alta com aumento da aversão doméstica ao risco

O dólar à vista avançou para R$ 3,1530 (+0,64%) no balcão


	Dólar oscilou da mínima de R$ 3,1280 (-0,16%) à máxima de R$ 3,1610 (+0,89%)
 (AFP)

Dólar oscilou da mínima de R$ 3,1280 (-0,16%) à máxima de R$ 3,1610 (+0,89%) (AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2015 às 17h26.

São Paulo - O aumento das incertezas domésticas, principalmente no período da tarde, levou o dólar a se firmar em alta nesta quinta-feira, 17.

Uma série de notícias negativas no quadro local elevou a aversão ao risco dos investidores, com destaque para a informação de que a Procuradoria do Distrito Federal está investigando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Odebrecht por tráfico internacional de influência.

O dólar à vista avançou para R$ 3,1530 (+0,64%) no balcão, oscilando da mínima de R$ 3,1280 (-0,16%) à máxima de R$ 3,1610 (+0,89%).

O volume financeiro continuou abaixo do padrão, a exemplo das últimas sessões, somando US$ 779 milhões por volta das 16h30 no segmento à vista. Às 16h32, o dólar para agosto subia 0,43%, a R$ 3,170.

Pela manhã, a moeda alternou altas e baixas ante o real, oscilando de acordo com a tendência externa. Inicialmente, as declarações de ontem da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, de que os juros devem subir nos EUA ainda este ano, deram força ao dólar ante o euro, mas no meio da manhã a moeda única ganhou fôlego.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, afirmou que a instituição elevou em 900 milhões de euros o teto de empréstimos emergenciais concedidos à Grécia por meio do programa conhecido como "ELA", pela sigla em inglês.

O euro voltou a cair à tarde e o dólar também estabilizou-se em alta ante o real, mas mais em razão da piora do noticiário doméstico.

Além da investigação de Lula, o quadro fiscal continuou preocupando, na medida em que os projetos têm de ser votados antes do recesso parlamentar, na próxima semana, num momento em que a Moody's está em visita ao Brasil e deve avaliar posteriormente a nota soberana.

Um rebaixamento do rating é dado como certo, sendo que ainda assim o País conservará o grau de investimento. O maior temor é de colocação da perspectiva como negativa para a nota.

Sobre os projetos da área fiscal, o Senado decidiu nesta tarde acelerar a proposta do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) que trata da repatriação de recursos para abastecer os fundos do ICMS.

Ainda sobre o Senado, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou que tomará decisões que podem levar à criação de duas CPIs delicadas para o Palácio do Planalto - a dos Fundos de Pensão e a do BNDES.

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