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Dólar fecha em baixa, a R$ 5,33, e acumula queda de 0,83% no mês

No acumulado da semana, a moeda americana desvalorizou-se 1,22%, principalmente após o mercado renovar a aposta de corte de juros nos EUA

Na ausência de indicadores econômicos para os mercados de moedas, a perspectiva de uma escalada nas tensões comerciais gera alguma fuga de ativos mais arriscados (Designed by/Freepik)

Na ausência de indicadores econômicos para os mercados de moedas, a perspectiva de uma escalada nas tensões comerciais gera alguma fuga de ativos mais arriscados (Designed by/Freepik)

Publicado em 28 de novembro de 2025 às 17h46.

Última atualização em 28 de novembro de 2025 às 18h03.

O dólar à vista encerrou as negociações desta sexta-feira, 28, em queda frente ao real, ao cair 0,31%, cotada a R$ 5,335. Com a desvalorização na sessão, a divisa acumula queda de 1,22% na semana e fechou o mês de novembro com 0,83% de perdas.

Pelo segundo dia consecutivo, o pregão foi marcada por menor liquidez por conta do pós-feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, período em que as negociações nos mercados do país é menor.

Apesar do volume de negociação ter caído, pesou contra o dólar a perspectiva de um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em dezembro. A aposta do mercado de mais uma flexibilização em 0,25 ponto percentual levou a moeda americana a recuar globalmente.

No índice DXY, que mede a força do dólar em relação a uma cesta de moedas de outros países desenvolvidos, a divisa também caiu 0,12%.

A possibilidade de um novo corte de juros nos EUA estava incerta, até que na semana passada, falas de dirigentes do Fed e novos dados econômicos do país voltaram a influenciar o mercado.

"Os dados de confiança do consumidor dos EUA vieram mais fraco; as vendas do varejo também ficaram abaixo do esperado e os dados do mercado de trabalho privado, calculados pela ADP na média móvel divulgada semanalmente, também mostraram uma contração de vagas", diz Bruno Yamashita, analista de alocação e inteligência da Avenue.

O especialista explica que a redução das taxas por lá leva a uma queda da moeda também por conta do diferencial de juros com o Brasil, onde a Selic está no seu patamar mais alto desde 2006, com 15% ao ano. Isso impulsiona, inclusive, um aumento do apetite ao risco que favorece o real.

No ano, o dólar já caiu 13,40%. "O dólar está saindo do mercado americano e buscando rentabilidade em emergentes. Em novembro isso ficou muito claro, com todo esse rali da Bolsa. O investidor institucional está montando posição em títulos de outros países", afirma Daniel Teles, especialista e sócio da Valor Investimentos.

O que é o dólar à vista

O dólar à vista é o valor negociado no mercado de câmbio para liquidação imediata, geralmente em até dois dias úteis. Esse tipo de câmbio é bastante utilizado em operações de curto prazo feitas por empresas e instituições financeiras.

A cotação do dólar à vista reflete o valor real de mercado no momento da transação, oferecendo transparência para quem precisa fechar negócios com rapidez.

O que é o dólar futuro

O dólar futuro corresponde a contratos de compra e venda da moeda para liquidação em uma data futura. Essa modalidade é negociada na Bolsa de Valores e ajuda empresas e investidores a se protegerem da volatilidade cambial.

Sua cotação varia conforme as expectativas do mercado em relação à economia, podendo se distanciar bastante do dólar à vista em momentos de incerteza.

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