Dólar opera agora em ritmo estável (Joe Raedle/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 13 de outubro de 2011 às 17h30.
São Paulo - O dólar subiu no começo do dia no mercado à vista, mas devolveu os ganhos e passou a cair ainda pela manhã, acompanhando a trajetória dos preços no segmento de derivativos cambiais. O fluxo cambial positivo no mercado à vista em meio a vendas de uma empresa exportadora ajudou a determinar o recuo da divisa em relação ao real, segundo operadores de bancos e corretoras de câmbio consultados pela Agência Estado. A melhora da Bovespa à tarde também contribuiu em meio a certo otimismo dos agentes financeiras de que as autoridades europeias devem encontrar uma saída para a crise na região. O comportamento da moeda norte-americana aqui destoou da alta registrada no exterior na maior parte do dia. Mais cedo, o dólar chegou a reverter parte das perdas registradas na semana ante moedas consideradas mais arriscadas, como o euro. Contudo, a moeda única europeia recuperou-se no fim da tarde.
Após subir pela manhã até R$ 1,7660 (+0,46%), o dólar no balcão cedeu até a mínima de R$ 1,7410 (-0,97%) no começo da tarde e fechou o dia cotado a R$ 1,7510, em baixa de 0,40%. Na BM&F, o dólar pronto fechou a R$ 1,7504, em queda de 0,71%. O giro financeiro registrado até 16h30 na clearing de câmbio somava US$ 2,780 bilhões, dos quais US$ 2,418 bilhões em D+2.
Os dados sobre fluxo cambial divulgados mais cedo confirmaram a percepção recente dos agentes financeiros em relação ao ingresso líquido de recursos no mercado local. No mês até o dia 7, a entrada de dólares superou a saída em US$ 3,458 bilhões, com ingresso financeiro líquido de US$ 1,625 bilhão e superávit comercial de US$ 1,833 bilhão. No ano, o fluxo cambial acumula entrada líquida de US$ 71,756 bilhões, com superávit comercial de US$ 39,705 bilhões, enquanto no setor financeiro o saldo é positivo em US$ 32,051 bilhões.
Durante a tarde, o euro reduziu gradativamente a queda em relação ao dólar, após declarações alentadoras de autoridades europeias sobre a capacidade de Itália e Espanha de se financiarem sem recorrer ao programa de resgate financeiro da zona do euro e de que a Grécia não deve deixar o bloco. Mais cedo, a Eslováquia tornou-se o último dos 17 países da zona do euro a
aprovarem a extensão dos poderes da EFSF.