Dólar: Moeda norte-americana subiu 0,06% (Anadolu Agency/Getty Images)
Reuters
Publicado em 25 de fevereiro de 2019 às 17h09.
Última atualização em 25 de fevereiro de 2019 às 17h26.
O dólar encerrou quase estável ante o real nesta segunda-feira, acompanhando o apetite por risco no exterior após os Estados Unidos prorrogarem o prazo para acordo comercial com a China, e com ajuste de posições na semana antes do Carnaval.
O dólar encerrou com variação positiva de 0,06 por cento, a 3,7434 reais na venda. Na sessão, a moeda oscilou entre 3,7490 reais e 3,7197 reais.
O dólar futuro recuava cerca de 0,9 por cento
Durante a maior parte do dia, o dólar caiu, acompanhando o exterior, devido ao maior apetite por risco após os Estados Unidos prorrogarem o prazo para acordo comercial com a China, suspendendo um aumento tarifário previsto para 1º de março.
Já no final dos negócios, o dólar passou a operar mais perto da estabilidade, com ajustes de posições na última semana do mês e antes do Carnaval, quando o mercado brasileiro terá fluxo reduzido durante três dias.
Segundo o diretor de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira, participantes do mercado podem estar comprando dólar para proteção antes do Carnaval.
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o adiamento da alta de tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos da China graças a negociações comerciais produtivas.
Trump disse ainda que fará uma cúpula com a China para assinar qualquer acordo comercial final, sem descartar um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping.
No entanto, Trump disse a um grupo de governadores que, embora um acordo entre EUA e China possa acontecer muito em breve, também pode ser que ele não aconteça.
"Quando você lida com o Trump você nunca sabe... Ele é uma pessoa de mercado, não um político, é muito difícil saber o que tem na cabeça dele. A gente acha que tem uma tendência de se acertarem", afirmou Ferreira.
Na semana, o mercado acompanha ainda a divulgação de dados importantes nos EUA, com destaque para números do PIB e números de atividade industrial na China, além do depoimento do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, ao Senado e à Câmara dos EUA.
Na agenda interna, o mercado acompanha a tramitação da reforma da Previdência no Congresso, com expectativa de instalação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Nesta segunda-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que avisou ao governo que será muito difícil que a PEC da Previdência tramite até que seja enviado o projeto de lei sobre a reforma previdenciária dos militares.
O BC vendeu 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalente à venda futura de dólares. Assim, rolou 8,78 bilhões de dólares dos 9,811 bilhões que vencem em março.
O BC anunciou também leilão de linha -- venda com compromisso de recompra -- para quarta-feira, com oferta de 3 bilhões de dólares, para rolagem parcial de um total de 6,05 bilhões de dólares com vencimento em março.