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Dólar fecha primeiro pregão do mês em alta de 0,50% com dúvidas sobre IOF

Nesta terça foi divulgado que o governo vai ingressar no STF contra a decisão sobre a derrubada da alta do imposto

Dólar: A moeda fechou no menor patamar desde setembro, cotada a R$ 5,433, no último dia de junho (Designed by/Freepik)

Dólar: A moeda fechou no menor patamar desde setembro, cotada a R$ 5,433, no último dia de junho (Designed by/Freepik)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 1 de julho de 2025 às 17h16.

Última atualização em 1 de julho de 2025 às 17h24.

O dólar fechou a terça-feira, 1°, com alta de 0,50%, cotado a R$ 5,461, depois de oscilar entre R$ 5,418 e R$ 5,469. Na véspera, a moeda fechou no menor patamar desde setembro, cotada a R$ 5,433. O movimento destoa do exterior, onde o DXY, índice que compara o dólar a uma cesta de outras divisas, operava estável.

No Brasil, o mercado ainda acompanhava os desdobramentos da derrubada do projeto que previa o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na semana passada. Mais cedo foi divulgado que o governo ingressará no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do Congresso Nacional sobre o imposto.

Segundo o advogado-geral da União, ministro Jorge Messias, a conclusão da análise é que o decreto presidencial é constitucional e, por isso, não poderia ser derrubado por uma decisão do Congresso Nacional. Messias disse que o aumento das alíquotas foram realizadas “dentro dos limites e condições estabelecidas pela Constituição Federal”.

No exterior, investidores estão atentos para a aprovação no Senado do pacote de cortes de gasto proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O projeto prevê uma redução de tributos e um aumento de gastos do país com defesa e segurança de fronteiras.

“Em linhas gerais, a proposta traz um fator de reversão que poderia impulsionar negativamente o consumo, mas com ajustes e correção que resultam em dúvidas ainda maiores em relação à dívida americana, embora algumas otimizações de créditos fiscais tenham sido feitas. O impacto ainda é incerto tanto em relação à trajetória inflacionária, com incentivos para aumento de demanda, quanto para a trajetória da dívida, que pode ser mais negativamente influenciada pela redução na arrecadação”, afirma Nickolas Lobo, especialista em investimentos da Nomad.

Além disso, a proximidade do fim do prazo de suspensão do "tarifaço" de Trump também continua no radar. Nos últimos dias, negociações entre EUA e Canadá foram retomadas após os canadenses recuarem sobre a cobrança de uma taxa sobre serviços digitais prestados no país.

Em novo discurso, o presidente do Fed, Jarome Powell, afirmou que a taxa básica de juros já teria sido reduzida pela autoridade monetária caso o governo não tivesse aplicado as tarifas comerciais contra mais de 100 países, pressionando a inflação.

O que é o dólar à vista

O dólar à vista é o valor negociado no mercado de câmbio para liquidação imediata, geralmente em até dois dias úteis. Esse tipo de câmbio é amplamente utilizado por empresas e instituições financeiras em operações de curto prazo, oferecendo uma cotação com base no valor real de mercado no momento da transação.

O que é o dólar futuro

O dólar futuro é uma cotação projetada para contratos de compra e venda de dólares a serem liquidados em datas futuras. Esse tipo de dólar é negociado na Bolsa de Valores, permitindo que empresas e investidores se protejam contra a volatilidade cambial. A cotação do dólar futuro pode variar bastante, pois leva em consideração as expectativas do mercado sobre a economia.

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