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Dólar fecha praticamente estável sobre real

No exterior, o dólar devolveu a alta e passou a rondar a estabilidade ante uma cesta de moedas, mas caía em relação a divisas de países emergentes

Dólar: mais cedo, o dólar chegou a subir frente ao real, acompanhando o movimento no mercado externo (foto/Thinkstock)

Dólar: mais cedo, o dólar chegou a subir frente ao real, acompanhando o movimento no mercado externo (foto/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 17h24.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2017 às 17h25.

São Paulo - O dólar fechou esta quarta-feira praticamente estável ante o real, depois de passar boa parte da sessão em alta, acompanhando o cenário externo, onde os investidores reagiam às incertezas com a política econômica do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O dólar avançou 0,08 por cento, a 3,1197 reais na venda, depois de bater 3,1302 reais na máxima do dia. O dólar futuro era negociado estável no final da tarde.

"Lá fora deu uma melhorada e a moeda (norte-americana) aqui acompanhou, sintonizada com o movimento do rendimento dos Treasuries", disse o profissional de câmbio de uma corretora local.

No exterior, o dólar devolveu a alta e passou a rondar a estabilidade ante uma cesta de moedas, mas caía em relação a divisas de países emergentes, como o peso mexicano e rand sul-africano.

As preocupações sobre o impacto na economia mundial do protecionismo e da política de imigração de Trump influenciavam o dólar, junto com os sinais da nova administração de que preferiria a moeda mais fraca.

Também ajudava no movimento a percepção de que uma subida da taxa de juros nos Estados Unidos estava fora da mesa durante o primeiro trimestre, ajudando a fazer os rendimentos dos Treasuries recuarem para os menores níveis em algumas semanas.

Mais cedo, o dólar chegou a subir frente ao real, acompanhando o movimento no mercado externo, que estava preocupado com a cena política na Europa.

Na França, a candidata de extrema-direita Marine Le Pen tem mostrado alguma força para as eleições presidenciais, apesar de pesquisas de opinião mostrarem o candidato independente Emmanuel Macron, de centro, como o provável vencedor do pleito.

Internamente, permanecia a expectativa de ingresso de recursos no Brasil, que têm impedido valorizações mais consistentes do dólar frente ao real.

"O mercado está bem parecido com o de ontem, embalado pelas captações externas, que seguram o movimento de elevação", avaliou mais cedo o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

O Banco Central continuou fora do mercado de câmbio, sem anunciar qualquer intervenção para esta sessão, por enquanto.

À medida que os dias vão avançando, a ausência do BC pode causar alguma pressão de alta sobre o dólar, uma vez que os investidores que aguardavam sinais sobre a rolagem do swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares-- de março podem se proteger.

Vencem o equivalente a 6,954 bilhões de dólares no mês que vem.

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