Mercados

Dólar fecha praticamente estável em sessão de cautela

A sessão foi influenciada pela expectativa pelo resultado do primeiro debate entre os candidatos Hillary Clinton e Donald Trump


	Dólar: p dólar avançou 0,01%, a 3,2474 reais na venda
 (Adam Gault/Thinkstock)

Dólar: p dólar avançou 0,01%, a 3,2474 reais na venda (Adam Gault/Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2016 às 17h36.

São Paulo - O dólar encerrou a segunda-feira com ligeira alta ante o real, numa sessão de bastante vaivém, influenciada pela forte valorização do petróleo no mercado internacional e expectativa pelo resultado do primeiro debate entre os candidatos Hillary Clinton e Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos.

O dólar avançou 0,01 por cento, a 3,2474 reais na venda.Na mínima do dia, a moeda norte-americana recuou a 3,2243 reais e, na máxima, chegou a 3,2550 reais. O dólar futuro operava praticamente estável, com ligeira queda de 0,05 nesta tarde.

"O mercado ficou dois para lá dois para cá o dia todo. Hoje foi um dia de pouco volume, uma sessão de espera", comentou um economista de uma gestora nacional.

A divulgação do Relatório Trimestral de Inflação pelo Banco Central, na manhã de terça-feira, também serviu para trazer cautela ao mercado cambial.

No documento, os agentes esperam obter mais subsídios para calibrar suas apostas sobre o corte de juros no Brasil.

Durante a sessão desta segunda-feira, a curva de juros norte-americana ajudou a pressionar o dólar para baixo ante o real. Isso porque diminuíram as apostas para um aumento da taxa básica dos EUA.

Se não subir os juros, significa que países emergentes como o Brasil ganham mais tempo para se beneficiar de fluxo de recursos à procura de retornos mais atrativos.

Segundo profissionais do mercado, houve redução nas apostas de um aumento de juros embutidas para o encontro do Federal Reserve, banco central norte-americano, de dezembro, que passaram para 50,5 por cento nesta segunda-feira, de 55,4 por cento na sexta-feira, e também para o encontro de fevereiro, para 54,6 por cento, de 59,1 por cento na mesma comparação.

O mercado tem avaliado que a tendência para a trajetória da moeda norte-americana no Brasil é de baixa, justamente porque o Fed sinalizou maior gradualismo para elevar os juros nos Estados Unidos no encontro de política monetária da última semana.

Como a taxa de juros brasileira é bastante elevada --14,25 por cento ao ano--, nosso mercado é um dos que mais atraem os investidores.

Nem mesmo a perspectiva de corte da taxa Selic deve atrapalhar esse movimento, já que, se o Banco Central de fato fizer isso em seu encontro de outubro, os juros domésticos ainda seguirão bastante elevados.

Na abertura, a moeda chegou a ensaiar uma alta, mas o movimento foi fraco e não se sustentou.

"O dólar não segurou a alta e passou a cair porque as condições internas estão melhores", comentou pela manhã um operador de uma corretora nacional.

O mercado leu com bons olhos o resultado da pesquisa Focus do início desta segunda-feira e a nova fase da operação Lava Jato.

O levantamento divulgado pelo Banco Central trouxe perspectivas menores para a inflação ao final deste ano e também de 2017, e reduziu marginalmente a estimativa do câmbio ao final de 2016..

Pela manhã, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci foi preso pela Polícia Federal por suspeita de relação criminosa do petista com o grupo Odebrecht.

"Essas operações ajudam na credibilidade brasileira e, apesar de não ser determinante hoje no mercado, contribuiu para um viés favorável", disse o operador.

No exterior, a cautela predominou nesta sessão, com queda das bolsas europeias --destaque para o forte recuo dos papéis do Deutsche Bank-- e forte avanço do preço do barril do petróleo.

O primeiro debate entre os presidenciáveis norte-americanos Hillary Clinton e Donald Trump também esteve na mira do mercado.

Pesquisa Reuters/Ipsos mostrou que metade dos eleitores dos EUA vão contar com os debates para escolher entre os candidatos.

O Banco Central vendeu hoje lote integral de 5 mil contratos de swap cambial reverso --equivalente à compra futura de moeda.

Texto atualizado às 17h36

Acompanhe tudo sobre:PolíticosCelebridadesPetróleoEmpresáriosCâmbioDólarMoedasDonald TrumpEleições americanasHillary ClintonEnergia

Mais de Mercados

Bolsas globais operam com cautela após alerta de Powell sobre preço dos ativos

Metade das empresas listadas na bolsa não se recuperou da pandemia: essas aqui viraram pó

TIM (TIMS3) distribuirá R$ 480 milhões em proventos; veja a data de pagamento

WEG (WEGE3) anuncia R$ 462,5 mi em proventos; veja quem tem direito