Dólar: na máxima do dia, dólar chegou a R$ 5,590. (Designed by/Freepik)
Redação Exame
Publicado em 22 de julho de 2025 às 17h08.
Última atualização em 22 de julho de 2025 às 17h08.
O dólar fechou esta terça-feira, 22, em leve alta de 0,04%, cotado a R$ 5,567, refletindo um cenário de baixo volume de negócios e agenda esvaziada. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,590. A 1o dias do início do “tarifaço” dos Estados Unidos sobre o Brasil, os investidores seguem atentos à tensão comercial.
“No cenário externo, a moeda americana perdeu força frente aos pares devido à pressão do governo de Donald Trump sobre o Fed por cortes de juros e à estagnação nas negociações comerciais com China e União Europeia”, afirma Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
Nesta terça, o Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, disse que se reunirá com negociadores chineses na próxima semana para a terceira rodada de negociações comerciais para estender a trégua tarifária e ampliar as discussões comerciais. Além disso, Bessent disse que não vê motivos para que o presidente do Fed, Jerome Powell, renuncie, amenizando as críticas constantes de Trump contra a autoridade.
“Internamente, o câmbio foi influenciado pela ameaça de tarifas de até 100% dos EUA contra países que compram petróleo russo, incluindo o Brasil, aumentando o tom da disputa comercial. Apesar do cenário macro ainda incerto, a valorização do minério de ferro na sessão de hoje e o diferencial de juros continuam sustentando a divisa brasileira”, finaliza Shahini.
O senador americano Lindsey Graham falou hoje sobre a possibilidade de os EUA aplicarem tarifa de 100% a países que continuarem comprando petróleo da Rússia — o que poderia incluir o Brasil entre os alvos.
No dia 9 de julho, o presidente americano anunciou tarifas de 50% para produtos brasileiros. Em tese, a taxa entra em vigor em 1º de agosto, mas ainda não foi oficializada por uma ordem executiva. Assim, o governo brasileiro tenta negociar formas de evitar o “tarifaço”.
Em manifestações recentes, o presidente Lula já disse que o Brasil aceita negociar tarifas com os americanos, mas que o país não aceitará interferência externa e está pronto para usar a lei da reciprocidade econômica — e até recorrer à Organização Mundial de Comércio (OMC).
O dólar à vista é o valor negociado no mercado de câmbio para liquidação imediata, geralmente em até dois dias úteis. Esse tipo de câmbio é amplamente utilizado por empresas e instituições financeiras em operações de curto prazo, oferecendo uma cotação com base no valor real de mercado no momento da transação.
O dólar futuro é uma cotação projetada para contratos de compra e venda de dólares a serem liquidados em datas futuras. Esse tipo de dólar é negociado na Bolsa de Valores, permitindo que empresas e investidores se protejam contra a volatilidade cambial. A cotação do dólar futuro pode variar bastante, pois leva em consideração as expectativas do mercado sobre a economia.