Dólar: moeda superou R$ 2,28 logo cedo, mas leilão de swap cambial do BC e a entrada pontual de recursos exerceram pressão sobre as cotações (Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2013 às 17h33.
São Paulo - Ao contrário dos últimos dias, a quinta-feira foi marcada por oscilações mais contidas do dólar ante o real, com os investidores cautelosos antes da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), na semana que vem.
A moeda norte-americana superou R$ 2,28 logo cedo, mas o leilão de swap cambial do Banco Central, dentro da programação diária, e a entrada pontual de recursos exerceram pressão sobre as cotações. Após oscilar em margens estreitas à tarde, fechou estável no balcão, a R$ 2,273.
Na máxima, às 9h31, o dólar atingiu R$ 2,288 (+0,66%) e, na mínima, marcou R$ 2,272 (-0,04%). A liquidez também foi restrita. Na clearing de câmbio da BM&FBovespa, perto das 16h30, o giro somava US$ 1,231 bilhão, ante US$ 2,446 bilhões na sessão anterior. No mercado futuro, o dólar para outubro caía 0,13%, para R$ 2,284.
O dólar abriu em alta ante o real, na esteira da valorização da moeda dos EUA ante o euro e outras divisas de países ligados a commodities. Após a divulgação dos dados dos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA na última semana, que apontou queda de 292 mil, abaixo da previsão de 330 mil, a moeda renovou máximas ante o real. Porém, o resultado, que poderia sugerir maiores chances de o Fed iniciar a redução de seu programa de compra de bônus na semana que vem, foi relativizado, já que dois Estados norte-americanos não forneceram informações.
Profissionais citaram ainda a entrada de recursos externos para participação no leilão de títulos públicos do Tesouro, na metade do dia. Isso fez a moeda americana oscilar por alguns momentos no território negativo, mas sem se afastar da estabilidade.
"Hoje, já apareceu certa cautela, com os investidores aguardando o Fed na semana que vem", comentou João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora. "Estão todos à espera do que o Fed vai fazer e ninguém quer se arriscar muito", acrescentou.
Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados positivos de vendas no varejo, com alta de 1,9% em julho ante junho e avanço de 6% em julho ante o mesmo mês de 2012. Já o Banco Central vendeu mais 10 mil contratos de swap cambial (US$ 496,7 milhões), dentro de sua estratégia de injeção diária de liquidez no sistema.