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Dólar fecha estável, com cautela diante de risco político

O dólar chegou a ensaiar correção ao avanço firme da véspera, mas a desvalorização dos preços do petróleo acabou trazendo viés de alta

Dólar: "A tendência é a moeda gravitar ao redor de 3,30 reais" (foto/Thinkstock)

Dólar: "A tendência é a moeda gravitar ao redor de 3,30 reais" (foto/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 21 de junho de 2017 às 17h23.

São Paulo - O dólar fechou a quarta-feira praticamente estável ante o real, com os investidores ainda cautelosos ao cenário político e desdobramentos que possam sinalizar o desfecho das reformas em tramitação no Congresso Nacional.

O dólar avançou 0,05 por cento, a 3,3326 reais na venda, depois de marcar 3,3148 reais na mínima do dia e 3,3384 reais na máxima. O dólar futuro tinha leve alta de cerca de 0,10 por cento.

"A tendência é a moeda gravitar ao redor de 3,30 reais, mas qualquer fato novo que atrapalhe o andamento das reformas pode pressionar as cotações", afirmou o diretor da mesa de câmbio da corretora MultiMoney, Durval Correa.

Na véspera, o governo do presidente Michel Temer sofreu importante derrota na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, que rejeitou o texto principal da reforma trabalhista, ascendendo o sinal amarelo dos investidores ao expor a fragilidade da base aliada e colocando em dúvida também a aprovação da reforma da Previdência.

Mesmo assim, seguiu o plano do governo com a apresentação de parecer pela constitucionalidade da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira, com votação prevista para a próxima semana, deixando a proposta pronta para o plenário a partir do dia 28.

"A derrota de ontem deixa nítido que a governabilidade de Temer está bastante comprometida", resumiu a corretora Coinvalores em relatório.

Temer está sendo investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por crime, entre outros, de corrupção passiva, após delações de executivos do grupo J&F.

O dólar chegou a ensaiar correção ao avanço firme da véspera, trabalhando em queda de cerca de 0,50 por cento na mínima da sessão. Mas a desvalorização dos preços do petróleo acabou trazendo viés de alta a moedas países emergentes.

"A falta de notícias deixa o mercado de lado, reagindo pontualmente à trajetória de alguns ativos", comentou o operador de câmbio de uma corretora.

O Banco Central brasileiro vendeu integralmente mais uma oferta de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais --equivalente à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem julho. Com isso, já rolou 4,510 bilhões de dólares do total de 6,939 bilhões de dólares que vence no mês que vem.

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