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Dólar cai e volta à casa de R$ 4,16 em dia bom para ativos brasileiros

A moeda fechou o pregão desta quinta-feira (23) com uma queda de 0,22%

Dólar: moeda americana fecha em queda nesta quinta-feira (23) (Chung Sung-Jun / Equipa/Getty Images)

Dólar: moeda americana fecha em queda nesta quinta-feira (23) (Chung Sung-Jun / Equipa/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 23 de janeiro de 2020 às 17h29.

Última atualização em 23 de janeiro de 2020 às 18h43.

São Paulo — O dólar fechou em queda nesta quinta-feira, com o real registrando o melhor desempenho global na sessão numa tarde de recuperação para ativos brasileiros em geral.

As operações domésticas desafiaram o viés de alta do dólar no exterior, onde a moeda se fortalecia ainda por preocupações sobre o surto de um vírus na China.

O dólar à vista caiu 0,22%, a 4,1668 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro mais líquido tinha queda de 0,44%, a 4,1655 reais. O índice do dólar frente a uma cesta de seis rivais subia 0,17% no fim da tarde, com várias divisas emergentes em desvalorização.

Operadores comentaram que a melhora do real esteve correlacionada, sobretudo na parte da tarde, à recuperação do Ibovespa. O índice de referência das ações brasileiras abandonou quedas de mais cedo e bateu novos recordes históricos, puxado pelo setor bancário --classe de ativo que, por ter ampla liquidez, costuma ser um ponto de entrada inicial de estrangeiros no mercado brasileiro.

Nem mesmo declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, interpretadas pelo mercado como inclinadas a afrouxamento monetário, minaram a recuperação do real.

Mais cedo, o IPCA-15 de janeiro mais alto que o esperado desestimulou novas apostas em cortes de juros pelo Banco Central. Um enfraquecimento dessas posições ajudaria, em teoria, a conter a perda de atratividade do real como ativo de investimento.

Apesar do mau começo de ano para o real --a divisa brasileira tem o pior desempenho global no acumulado de janeiro--, o Citi vê o dólar cair para 3,98 reais ao fim de 2020.

"Mais evidência de aceleração do crescimento econômico doméstico combinada com materialização de outras reformas estruturais amparam um real mais forte" até o fim do ano, junto com acomodação do conflito EUA-Irã e a aparente 'Fase 1" do acordo comercial EUA-China, disse o Citi em nota a clientes.

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