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Dólar fecha em queda, à espera de Yellen e de olho em fiscal

O dólar recuou 0,33%, a 3,2229 reais na venda, após subir 1 por cento na sessão anterior. O dólar futuro caía cerca de 0,35% nesta tarde


	Dólar: O dólar recuou 0,33%, a 3,2229 reais na venda, após subir 1% na sessão anterior
 (Thinkstock/Ingram Publishing)

Dólar: O dólar recuou 0,33%, a 3,2229 reais na venda, após subir 1% na sessão anterior (Thinkstock/Ingram Publishing)

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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2016 às 17h29.

São Paulo - O dólar fechou em queda frente ao real nesta quarta-feira, com investidores ainda preferindo a cautela antes do discurso na sexta-feira da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, e diante de preocupações com a capacidade do governo brasileiro de avançar com o ajuste fiscal no Congresso Nacional.

O dólar recuou 0,33 por cento, a 3,2229 reais na venda, após subir 1 por cento na sessão anterior. O dólar futuro caía cerca de 0,35 por cento nesta tarde.

"O evento mais importante da semana é o discurso de Yellen. Se não tivermos muitas surpresas até lá, o mercado vai evitar grandes movimentos", disse o operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva.

Yellen falará na conferência anual de bancos centrais em Jackson Hole, nos Estados Unidos, e investidores buscarão novas pistas sobre a possibilidade de os juros norte-americanos subirem neste ano, após declarações recentes de autoridades do banco central fortalecerem as apostas nesse sentido.

No Brasil, o cenário fiscal também foi motivo de cautela. O governo do presidente interino Michel Temer vem enfrentando dificuldades para angariar apoio político a medidas de austeridade fiscal, em especial o projeto que limita o crescimento das despesas federais.

"O governo sofre para aprovar matérias consideradas pouco polêmicas na Câmara e Senado. Essa sinalização é péssima para quem tem grandes desafios pela frente", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em relatório.

Nesta sessão, a equipe econômica entrou em campo para tentar convencer os parlamentares a votarem medidas de ajuste fiscal, citando ameaça de que a dívida pública está próxima de sair do controle e, deste modo, atrapalhar a recuperação econômica.

A maioria dos investidores ainda aposta, porém, que o governo enrijecerá sua postura após a confirmação do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, cujo julgamento no Senado começará na quinta-feira.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, atendo-se ao script dos últimos dias.

Texto atualizado às 17h30

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