A tentativa de Donald Trump de demitir uma dirigente do Fed, Lisa Cook, gerou volatilidade nos mercados. (Designed by/Freepik)
Redação Exame
Publicado em 26 de agosto de 2025 às 17h18.
O dólar à vista fechou em alta de 0,37% nesta terça-feira, 26, cotado a R$ 5,434, depois de oscilar entre R$ 5,400 e R$ 5,449
O dólar e os juros futuros subiram hoje, impulsionados pela leitura do IPCA-15. Apesar de o índice ter registrado deflação de 0,14%, o resultado foi menos negativo do que o esperado, o que reduziu as expectativas de cortes agressivos na Selic, elevando a curva de juros, segundo o planejador financeiro José Áureo Viana, sócio e private banker da BLUE3 Investimentos.
A estrategista-chefe da Nomad, Paula Zogbi, aponta que a tentativa de Donald Trump de demitir uma dirigente do Fed, Lisa Cook, gerou volatilidade nos mercados, reacendendo discussões sobre a perda de independência do Fed, o que poderia pressionar os juros e aumentar a aversão ao risco.
Além disso, Trump intensificou as críticas à China e à Índia em relação à política tarifária, o que, segundo Felipe Tavares, economista-chefe da BGC Liquidez, levou os investidores a buscar novos mercados.
Apesar disso, as bolsas americanas permaneceram estáveis, com investidores evitando reações precipitadas e aguardando o balanço trimestral da Nvidia, previsto para amanhã.
O dólar à vista é o valor negociado no mercado de câmbio para liquidação imediata, geralmente em até dois dias úteis. Esse tipo de câmbio é amplamente utilizado por empresas e instituições financeiras em operações de curto prazo, oferecendo uma cotação com base no valor real de mercado no momento da transação.
O dólar futuro é uma cotação projetada para contratos de compra e venda de dólares a serem liquidados em datas futuras. Esse tipo de dólar é negociado na Bolsa de Valores, permitindo que empresas e investidores se protejam contra a volatilidade cambial. A cotação do dólar futuro pode variar bastante, pois leva em consideração as expectativas do mercado sobre a economia.