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Dólar fecha em leve alta com negociações entre EUA e China sob holofotes

Na semana, moeda acumulou ganho de 1,1% ante real com espera pela Previdência no cenário nacional

Dólar: Moeda avançou 0,22%, a R$ 3,7559 na venda (./Getty Images)

Dólar: Moeda avançou 0,22%, a R$ 3,7559 na venda (./Getty Images)

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Reuters

Publicado em 18 de janeiro de 2019 às 17h27.

O dólar encerrou em ligeira alta ante o real no pregão desta sexta-feira, acumulando ganho de pouco mais de 1 por cento na semana, em meio a expectativas renovadas no exterior em torno das questões comerciais entre Estados Unidos e China e com o mercado aguardando informações sobre a reforma da Previdência no cenário nacional.

O dólar avançou 0,22 por cento, a 3,7559 reais na venda. Na máxima do dia, a moeda norte-americana alcançou 3,7741 reais; na mínima, chegou a 3,7286 reais. Na semana, a divisa acumulou ganho de 1,1 por cento ante o real.

O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,11 por cento.

O câmbio, diferentemente das taxas de juros futuros e ações, não tem sido tão beneficiado pelo início do governo. Na quinta-feira, o Ibovespa superou 95 mil pontos e renovou recorde.

"O único mercado que está subperformando é a moeda, graças a um misto de sentimento global e ausência de fluxos de entrada. Em vez disso, os locais estão concentrando o risco nos DIs e ações", avaliou um profissional da tesouraria de um importante banco paulista em comentário a clientes.

Nesta sexta-feira, com a ausência de notícias domésticas, o mercado voltou-se para o exterior, renovando expectativas de que Estados Unidos e China possam estar perto de uma solução para a guerra comercial, com um próximo encontro entre os dois países previsto para o final de janeiro.

Segundo reportagem do Wall Street Journal, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, discutiu suspender algumas ou todas as tarifas impostas às importações chinesas e sugeriu colocar isso na mesa no encontro do dia 30. A notícia deu fôlego aos mercados externos, embora um porta-voz do Tesouro tenha negado que Mnuchin cogitou tal ideia.

Internamente, a postura ainda é de cautela, com o mercado aguardando informações mais contundentes sobre a reforma da Previdência, enquanto a imprensa ventila possibilidades sobre a proposta que o governo apresentará.

Uma fonte disse na quinta-feira que a proposta de Previdência que será apresentada pelo governo terá um tempo de transição maior que 12 anos, mas menor que os 20 anos do texto submetido ao Congresso Nacional pelo ex-presidente Michel Temer.

No entanto, uma definição mesmo deve vir só após a viagem do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao Fórum Econômico Mundial, que acontece entre os dias 22 e 25 de janeiro em Davos, na Suíça.

"Nada muda e como todo ano, o Brasil começa a andar efetivamente a partir do Carnaval", afirmou o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros, sobre o ritmo de espera do mercado.

O BC vendeu nesta sessão 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 8,71 bilhões de dólares do total de 13,398 bilhões de dólares que vencem em fevereiro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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