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Dólar fecha a R$ 4,08 e tem primeira queda semanal em 2 meses

Na semana, a moeda teve a primeira desvalorização desde 12 de julho

Câmbio: dólar mostrava forte queda nesta sexta-feira (burakpekakcan/Getty Images)

Câmbio: dólar mostrava forte queda nesta sexta-feira (burakpekakcan/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 6 de setembro de 2019 às 12h16.

Última atualização em 6 de setembro de 2019 às 18h07.

São Paulo - O dólar fechou em queda ante o real nesta sexta-feira, na esteira do mercado de trabalho dos Estados Unidos, e diante da expectativa de quedas mais acentuadas dos juros nos Estados Unidos. Foi a primeira queda semanal em quase dois meses, em dia de maior ânimo.

A moeda caiu 0,71% nesta sexta, a 4,0804 reais. Na semana, a moeda norte-americana acumulou queda de 1,512%, primeira desvalorização semanal desde 12 de julho, quando registrou variação negativa de 2,113%.

Para Camila Abdelmalack, economista-chefe da CM Capital Markets, a queda do dólar foi influenciada por um clima de menor aversão ao risco no exterior diante da ratificação das apostas de cortes de juros nos EUA após a divulgação de dados do mercado de trabalho e da fala do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell.

"A ausência de notícias negativas já é um sinalizador positivo, e o mercado encontra espaço para se recuperar. O caso é que estamos muito vulneráveis ao cenário externo. Hoje, o movimento é esse, mas na semana que vem tudo pode mudar."

A economia dos Estados Unidos gerou, em termos líquidos, 130 mil empregos em agosto, mostrou um relatório do Departamento do Trabalho nesta sexta-feira. O dado ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pela Reuters, que esperavam a criação de 158 mil novas vagas.

Em um discurso na Universidade de Zurique nesta sexta, Powell reafirmou o posicionamento do Fed de continuar agindo "conforme apropriado" para sustentar a expansão econômica do EUA. O Fed cortou os juros em 0,25 ponto percentual em julho, e os investidores apostam em mais dois cortes de taxa neste ano, incluindo um ainda neste mês.

Moedas emergentes pares do real, como rand sul-africano e o peso mexicano, também se valorizavam frente ao dólar. Contra uma cesta de moedas, a moeda norte-americana tinha leve alta de 0,02%, a 98,434.

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