Mercados

Dólar fecha 4ª semana seguida de alta sobre o real

O dólar recuou 0,35 por cento, a 3,2789 reais na venda, e acumulou alta de 0,85 por cento na semana, quarto período seguido de ganhos

Dólar: na mínima desta sessão, o dólar marcou 3,2726 reais e, na máxima, 3,3000 reais (Ricardo Moraes/Reuters)

Dólar: na mínima desta sessão, o dólar marcou 3,2726 reais e, na máxima, 3,3000 reais (Ricardo Moraes/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 16 de março de 2018 às 17h10.

São Paulo - O dólar fechou a sexta-feira em baixa ante o real, com movimento de correção, mas marcou a quarta semana de valorização diante do cenário externo, com o avanço do tom protecionista do governo dos Estados Unidos e temor dos mercados com eventual guerra comercial global.

O dólar recuou 0,35 por cento, a 3,2789 reais na venda, e acumulou alta de 0,85 por cento na semana, quarto período seguido de ganhos, quando a moeda norte-americana ficou 1,79 por cento mais cara.

Na mínima desta sessão, o dólar marcou 3,2726 reais e, na máxima, 3,3000 reais. O dólar futuro tinha baixa de cerca de cerca de 0,30 por cento no final da tarde.

"O avanço do dólar no período foi uma somatória de fluxo de saída, cautela com o protecionismo e agora a proximidade do Fed", afirmou o operador Spinelli Corretora José Carlos Amado. "Se confirmar um quarta alta (de juros) pelo Fed, o dólar vai ficar mais sustentado e daqui para a frente a tendência é ficar mais cauteloso com o início das discussões mais intensas das eleições (no Brasil)", acrescentou.

No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas e divisas de países emergentes impulsionado por dados econômicos sólidos que ainda apóiam as expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, elevará as taxas de juros na próxima semana, pela primeira vez neste ano.

Pesquisa Reuters recente com analistas também mostrou que o Fed fará mais três altas este ano, impulsionadas pelo sólido mercado de trabalho. No levantamento feito há algumas semanas, as projeções eram de três altas ao todo neste ano, como ainda vem indicando a própria autoridade monetária.

Juros mais altos nos Estados Unidos podem atrair à maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.

O mercado ainda mostrava preocupações com o maior protecionismo do governo do presidente norte-americano, Donald Trump, após a troca de importantes assessores e temores de uma guerra comercial após a fixação de tarifas de importação sobre aço e alumínio.

O Banco Central brasileiro vendeu nesta sessão toda a oferta de até 14 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de abril. Dessa forma, já rolou 3,5 bilhões de dólares do total de 9,029 bilhões de dólares.

Se mantiver esse volume e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarEstados Unidos (EUA)

Mais de Mercados

ETF da Argentina bate recorde de investimentos e mostra otimismo de Wall Street com Milei

Ibovespa avança à espera de fiscal; ações do Carrefour sobem

B3 lança novo índice que iguala peso das empresas na carteira

Carrefour Brasil: desabastecimento de carne bovina afeta lojas do Atacadão