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Dólar encosta em R$3,40, de olho no petróleo e cena política

O dólar avançou 0,33%, a 3,3957 reais na venda, depois de ter batido 3,4148 reais na máxima do pregão e 3,3802 reais na mínima

Dólar: "Há nervosismo com a reunião da Opep, porque as pessoas não acreditam muito nas chances de um acordo" (Marcos Santos/USP Imagens)

Dólar: "Há nervosismo com a reunião da Opep, porque as pessoas não acreditam muito nas chances de um acordo" (Marcos Santos/USP Imagens)

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Reuters

Publicado em 29 de novembro de 2016 às 17h20.

São Paulo - O dólar fechou a terça-feira em alta ante o real, longe das máximas do dia mas perto do patamar de 3,40 reais, afetado pela forte queda nos preços do petróleo e com o mercado atento à cena política local, em mais um dia sem intervenção do Banco Central.

O dólar avançou 0,33 por cento, a 3,3957 reais na venda, depois de ter batido 3,4148 reais na máxima do pregão e 3,3802 reais na mínima.

O dólar futuro operava com alta de cerca de 0,3 por cento no final desta tarde.

"O petróleo foi a principal referência nesta sessão e, depois de meses, finalmente amanhã sai uma decisão sobre a produção", comentou o economista-chefe da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti.

Os preços do petróleo caíram fortemente com sinais de que os principais exportadores de petróleo estavam tendo dificuldades para chegar a um acordo para cortar a produção para reduzir o excesso de oferta global.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se reunirá na quarta-feira em Viena, com o objetivo de implementar um acordo, previsto em setembro, para reduzir a produção em cerca de 1 milhão de barris por dia, de cerca de 33,82 milhões de bpd em outubro.

No exterior, o dólar subia ante algumas moedas de países emergentes, com destaque para o rand sul-africano.

"Há nervosismo com a reunião da Opep, porque as pessoas não acreditam muito nas chances de um acordo, mas há também desconforto com a situação política (brasileira)", comentou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer.

Está prevista para esta terça-feira a votação em primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o crescimento dos gastos públicos em primeiro turno no Senado.

A votação ganhou ainda mais importância porque pode sinalizar se o governo conseguiu estancar a crise política que na semana passada respingou no presidente Michel Temer e levou à demissão de Geddel Vieira Lima da Secretaria de Governo.

O BC novamente não anunciou qualquer intervenção no mercado cambial neste pregão. Na quarta-feira, acontece a formação da Ptax de final de mês.

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