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Dólar encerra com leve alta em dia de baixo volume

Os mercados financeiros nos Estados Unidos não funcionaram nesta sessão por causa do feriado do Memorial Day

Dólar: "O mercado teve um dia de pouca volatilidade, sem novas notícias que influenciassem nas cotações" (Ingram Publishing/Thinkstock)

Dólar: "O mercado teve um dia de pouca volatilidade, sem novas notícias que influenciassem nas cotações" (Ingram Publishing/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 29 de maio de 2017 às 17h37.

São Paulo - O dólar terminou a segunda-feira com leve alta ante o real, num dia de liquidez reduzida em razão de feriado nos Estados Unidos, com os investidores ainda focados na crise política doméstica que atingiu em cheio o governo do presidente Michel Temer.

O dólar avançou 0,13 por cento, a 3,2695 reais na venda, depois de ter oscilado entre a mínima de 3,2603 reais e a máxima de 3,2772 reais. O dólar futuro tinha leve alta de cerca de 0,30 por cento.

"O mercado teve um dia de pouca volatilidade, sem novas notícias que influenciassem nas cotações ao longo da sessão", resumiu um operador de uma corretora.

Os mercados financeiros nos Estados Unidos não funcionaram nesta sessão por causa do feriado do Memorial Day, o que reduziu bastante o volume de negócios em outras praças porque os investidores evitam tomar posições sem essa importante referência.

No Brasil, a crise política que eclodiu há quase duas semanas também continuou trazendo cautela ao mercado local, com temores de que Temer --que está sendo investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF)-- pode não ter força política para aprovar as reformas, em especial a da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas em ordem.

Na véspera, Temer anunciou a troca do ministro da Justiça, nomeando para o cargo Torquato Jardim, que comandava o Ministério da Transparência, no lugar de Osmar Serraglio, movimento que pode ter como objetivo fortalecer a posição do presidente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às vésperas do início do julgamento que pode cassá-lo.

"Esses movimentos para tentar se manter no cargo não são bem vistos. Temer já perdeu parte da base, fica mais difícil aprovar as reformas", destacou o gerente de câmbio da corretora Fair, Mário Battistel.

O julgamento pelo TSE sobre a cassação da chapa Dilma Rousseff/Temer está marcado para o próximo dia 6 e o mercado ainda trabalha com a expectativa de que ela será cassada e um nome de consenso entrará no lugar de Temer e dará andamento às reformas, mesmo que ainda mais desidratadas.

O Banco Central brasileiro vendeu nesta segunda-feira mais um lote de 8 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares--, completando 4 bilhões de dólares da rolagem dos contratos que vencem de junho, que totaliza 4,435 bilhões de dólares.

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