Mercados

Dólar é negociado praticamente estável sobre real

Às 16:08, o dólar recuava 0,02%, a 3,1165 reais na venda, depois de bater 3,1302 reais na máxima do dia

Dólar: "Lá fora deu uma melhorada e a moeda (norte-americana) aqui acompanhou, sintonizada com o movimento do rendimento dos Treasuries" (Bruno Domingos/Reuters)

Dólar: "Lá fora deu uma melhorada e a moeda (norte-americana) aqui acompanhou, sintonizada com o movimento do rendimento dos Treasuries" (Bruno Domingos/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 16h35.

São Paulo - O dólar abandonou a alta e passou a ser negociado praticamente estável ante o real nesta quarta-feira, acompanhando o cenário externo, onde os investidores reagiam às incertezas com a política econômica do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Às 16:08, o dólar recuava 0,02 por cento, a 3,1165 reais na venda, depois de bater 3,1302 reais na máxima do dia. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,20 por cento.

"Lá fora deu uma melhorada e a moeda (norte-americana) aqui acompanhou, sintonizada com o movimento do rendimento dos Treasuries", disse o profissional de câmbio de uma corretora local.

No exterior, o dólar passou a cair ante uma cesta de moedas e cedia também sobre divisas de países emergentes, como o peso mexicano e rand sul-africano.

As preocupações sobre o impacto na economia mundial do protecionismo e da política de imigração de Trump influenciavam o dólar, junto com os sinais da nova administração de que preferiria a moeda mais fraca.

Também ajudava no movimento a percepção de que uma subida da taxa de juros nos Estados Unidos estava fora da mesa durante o primeiro trimestre, ajudando a fazer os rendimentos dos Treasuries recuarem para os menores níveis em algumas semanas.

Mais cedo, o dólar chegou a subir frente ao real, acompanhando o movimento no mercado externo, que estava preocupado com a cena política na Europa.

Na França, a candidata de extrema-direita Marine Le Pen tem mostrado alguma força para as eleições presidenciais, apesar de pesquisas de opinião mostrarem o candidato independente Emmanuel Macron, de centro, como o provável vencedor do pleito.

Internamente, permanecia a expectativa de ingresso de recursos no Brasil, que têm impedido valorizações mais consistentes do dólar frente ao real.

"O mercado está bem parecido com o de ontem, embalado pelas captações externas, que seguram o movimento de elevação", avaliou mais cedo o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

O Banco Central continuava fora do mercado de câmbio, sem anunciar qualquer intervenção para esta sessão, por enquanto.

À medida que os dias vão avançando, a ausência do BC pode causar alguma pressão de alta sobre o dólar, uma vez que os investidores que aguardavam sinais sobre a rolagem do swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares-- de março podem se proteger.

Vencem o equivalente a 6,954 bilhões de dólares no mês que vem.

Acompanhe tudo sobre:DólarDonald TrumpEstados Unidos (EUA)

Mais de Mercados

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol