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Dólar dispara e vai a R$3,60 com anulação do impeachment

Às 12h11, o dólar avançava 3,29 por cento, a 3,6181 reais na venda, após cair 1 por cento na sexta-feira e voltar ao patamar de 3,50 reais


	Dólares: o dólar já estava em alta acompanhando o exterior em meio a receios sobre a desaceleração da economia chinesa
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Dólares: o dólar já estava em alta acompanhando o exterior em meio a receios sobre a desaceleração da economia chinesa (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2016 às 12h24.

São Paulo - O dólar disparava e rondava o patamar de 3,60 reais nesta segunda-feira após a notícia de que o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), anulou o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

O dólar já estava em alta acompanhando o exterior em meio a receios sobre a desaceleração da economia chinesa. Mais uma vez, o Banco Central não anunciou intervenção no mercado de câmbio.

Às 12:11, o dólar avançava 3,29%, a 3,6181 reais na venda, após cair 1% na sexta-feira e voltar ao patamar de 3,50 reais.

"Dólar sobe com a notícia que o presidente interino da câmara, Waldir Maranhão, atende o pedido da AGU e suspende o processo de impeachment", escreveram operadores a corretora Correparti em nota a clientes.

Segundo notícia no site da Folha de S.Paulo, o presidente interino acatou o pedido da Advocacia-Geral da União para anulação do impeachment. Em meados de abril, a Câmara aprovou com folga a abertura do processo de impeachment.

Mais cedo, o dólar avançava em relação a moedas de outros países emergentes após dados da China mostrarem que a exportações e importações do país caíram mais do que o esperado em abril, ressaltando a demanda fraca internamente e no exterior e esfriando expectativas de recuperação da segunda maior economia do mundo.

O dólar subia frente aos pesos mexicano e chileno , além de avançar em relação a uma cesta de moedas.

Os desdobramentos políticos no Brasil seguiam no radar dos investidores, com a espera pela votação do Senado na quarta-feira do afastamento temporário de Dilma que, se confirmado, levará o vice Michel Temer à presidência. Temer já indicou o ex-presidente do BC Henrique Meirelles como seu ministro da Fazenda, o que tem agradado o mercado.

Até o momento, o BC não anunciou leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares. Muitos operadores consideram o patamar de 3,50 reais como o piso que a autoridade monetária tentaria defender.

O BC atuou no início da semana passada, mas está ausente do mercado desde quarta-feira.

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