São Paulo - Segundo o economista Sidnei Moura Nehme, da Corretora NGO, são grandes as chances de o governo anunciar um novo corte de 0,25 ponto percentual (hoje em 7,5% ao ano) na taxa Selic ao final da reunião de hoje do Copom (Comitê de Política Monetária). Junto com essa medida, deve vir também a mudança de patamar da banda do dólar de entre 2,00-2,05 reais para 2,05 a 2,10 reais.

Com esses dois movimentos, o governo federal tem o objetivo de fortalecer a estratégia de incentivo à indústria nacional, visto que, o cenário otimista que vinha sendo desenhado para 2013 já começa a perder força e o estimular o crescimento econômico para o ano que vem continua sendo prioridade máxima do governo.

Os dados de fluxo cambial divulgados nesta quarta-feira – na primeira semana de outubro, a entrada de dólares no país superou a saída em 135 milhões de dólares – apontam uma fragilização que vem ocorrendo desde maio e sua continuidade dá forças para um preço mais elevado do dólar em relação ao real.

“O fluxo cambial está muito fragilizado. O governo tá administrando essa taxa, mas se estão entrando menos dólares, o que está provocando essa pressão é o excesso de liquidez gerado pelo próprio governo no mercado futuro, em julho”, explica Sidnei.