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Dólar despenca e tem maior queda semanal em 5 meses, abaixo de R$3,80

Moeda recuou 1,84 por cento, a 3,7739 reais na venda, acumulando retração de 2 por cento na semana, a maior desde meados de fevereiro passado

Dólar: foi ainda a terceira semana consecutiva de baixa, período no qual acumulou perda de 2,67 por cento (Bluberries/Thinkstock)

Dólar: foi ainda a terceira semana consecutiva de baixa, período no qual acumulou perda de 2,67 por cento (Bluberries/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 20 de julho de 2018 às 17h09.

Última atualização em 20 de julho de 2018 às 17h12.

São Paulo - O dólar despencou e foi abaixo de 3,80 reais nesta sexta-feira, com os investidores respirando mais aliviados diante da cena eleitoral doméstica e sob influência do exterior.

O dólar recuou 1,84 por cento, a 3,7739 reais na venda, acumulando retração de 2 por cento na semana, a maior desde meados de fevereiro passado (-2,45 por cento).

Foi ainda a terceira semana consecutiva de baixa, período no qual acumulou perda de 2,67 por cento. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 1,50 por cento no final da tarde.

Na mínima desta sessão, o dólar bateu em 3,7586 reais, com mais de 2 por cento de baixa, após notícias de que líderes dos partidos do blocão, grupo formado por DEM, PP, PRB, PR e Solidariedade, decidiram fechar apoio ao pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, mas a formalização do apoio depende ainda do "dever de casa" a ser feito pelas partes. Se concretizado, o apoio garante ao tucano bom espaço nas propagandas na TV.

Alckmin é visto pelo mercado financeiro como um político mais comprometido com os ajustes fiscais. Até então, as notícias indicavam que o blocão estava pendendo para Ciro Gomes, pré-candidato do PDT nas eleições de outubro.

"O apoio não significa vitória de Alckmin, nem muda de imediato seu desempenho, mas traz uma perspectiva mais animadora ao investidor e aos mercados", afirmou o operador de câmbio da Advanced Corretora Alessandro Faganello.

A notícia do apoio a Alckmin acabou levando muitos investidores que estavam comprados em dólar (apostas na valorização da moeda norte-americana) a zerarem posições, o que fez a moeda bater a mínima do dia ainda pela manhã. Mas a cautela não foi totalmente deixada de lado.

"Entre a eleição e a Presidência tem um cara que é o eleitor", afirmou o gestor de uma corretora estrangeira. "Se o acordo tiver efeito prático (resultar em intenção de votos), o mercado pode melhorar muito", acrescentou.

O recuo do dólar ante outras moedas no mercado internacional foi outro fator que contribuiu para a trajetória doméstica. A divisa norte-americana tinha forte baixa ante uma cesta de moedas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressar preocupação com uma moeda mais forte.

O dólar também caía ante moedas de países emergentes, como o peso chileno.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 9,8 bilhões de dólares do total de 14,023 bilhões dedólares dos contratos que vencem em agosto. (Edição de Patrícia Duarte)

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