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Dólar fecha em alta após Califórnia enrijecer medidas de isolamento social

Escalada de tensões entre China e Estados Unidos também pressiona moedas emergentes

Dólar: moeda sobe 1,2% e encerra vendida por 5,388 reais (Gary Cameron/Reuters)

Dólar: moeda sobe 1,2% e encerra vendida por 5,388 reais (Gary Cameron/Reuters)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 13 de julho de 2020 às 17h00.

Última atualização em 13 de julho de 2020 às 17h50.

O dólar fechou em alta contra moedas emergentes, nesta segunda-feira, 13, refletindo a maior aversão a risco global, após a Califórnia retomar medidas mais duras de isolamento social como forma de tentar conter o avanço da pandemia no estado. No Brasil, o dólar comercial subiu 1,2% e encerrou sendo vendido por 5,388 reais. O dólar turismo, com menor liquidez, avançou 0,9%, cotado a 5,67 reais.

Investidores temem que outros estados que ainda enfrentam o avanço da doença sigam o exemplo. Na véspera, a Flórida apresentou mais de 15.000 novos infectados, registrando novo recorde para um estado americano.

A tensão entre China e Estados Unidos também é outro fator que tem pressionado os mercados. Nesta segunda-feira, o governo americano decidiu interferir em disputas territoriais do Mar do Sul da China. "Estamos deixando claro: as reivindicações de Pequim de recursos offshore na maior parte do Mar da China Meridional são completamente ilegais, assim como sua campanha de bullying para controlá-los", disse Mike Pompeo, secretário de Estado dos Estados Unidos. No fim da semana passada, o presidente Donald Trump afirmou que é improvável que a segunda fase do acordo comercial avance.

"Tudo isso tem impacto no crescimento econômico global. Então, o mercado vê de forma negativa", disse Bruno Lima, analista de renda variável da Exame Research.

A desvalorização do barril de petróleo, em meio à possibilidade de a OPEP+ aumentar a produção, também ajudou a pressionar divisas ligadas a commodities, como o rublo russo, que se também teve depreciação.

“O petróleo segue em queda com o mercado procurando compreender como a OPEP+ realizará a normalização da oferta sem afetar os preços dado que ainda existem alguns receios em relação à retomada da demanda”, informa o relatório da Exame Research.

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