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Dólar sobe e fecha acima de R$ 5 com temores sobre 2ª onda

Em volta de feriado, mercado brasileiro sente os efeitos do pânico de quinta-feira

Dólar: moeda americana supera os R$ 5 em abertura, após volta de feriado (David Muir/Getty Images)

Dólar: moeda americana supera os R$ 5 em abertura, após volta de feriado (David Muir/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 12 de junho de 2020 às 17h00.

Última atualização em 12 de junho de 2020 às 17h40.

O dólar fechou em alta, nesta sexta-feira, 12, após os mercados globais terem sangrado na véspera. Como não houve pregão no dia anterior, os efeitos negativos foram sentidos hoje no mercado brasileiro. Com isso, o real foi a moeda que mais se desvalorizou entre as principais emergentes. Por aqui, o dólar comercial subiu 2,1% e encerrou sendo vendido a 5,045 reais, enquanto o dólar turismo, com menor liquidez, subiu 1,2%, cotado a 5,25 reais.

Na quinta-feira, as bolsas e divisas de países emergentes apresentaram fortes desvalorizações, refletindo a maior aversão a risco, após estados do oeste americano apresentarem crescimento do número de infectados por coronavírus, o que aumentou os temores sobre uma segunda onda de contaminação.

“Foi como se tivéssemos tido dois dias em um. O dólar subiu reverberando o dia de ontem somado à melhora de hoje”, disse Fernando Bergallo, presidente da FB Capital.

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Bergallo também chamou atenção para a alta volatilidade da moeda americana, que chegou a variar mais de 10 centavos entre a mínima e máxima do dia. “Em um pregão normal, a distância é de 4 ou 5 centavos. Só esse dado deixa muito claro que o mercado está operando sem direção certa.

O temor do mercado é o de que uma segunda onda pudesse reviver as quarentenas, o que poderia intensificar os estragos econômicos. No entanto, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, em entrevista à CNBC, afastou a possibilidade de um segundo lockdown no país, o que ajudou a atenuar o pessimismo do mercado.

Apesar do tom negativo do dia anterior, nesta sexta-feira, 12, as bolsas e as moedas emergentes se recuperam das últimas perdas. Contra o peso mexicano, tido como uma das divisas mais próximas ao real, o dólar caiu mais de 2%.

Na sexta-feira passada, o dólar havia caído para baixo de 5 reais pela primeira vez desde março. Na semana, o dólar encerrou em alta de 1,16%

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