Por Márcio Rodrigues

São Paulo - O mercado doméstico de câmbio teve mais um dia de valorização do dólar ante o real. As explicações passam pela retomada de força da moeda norte-americana no exterior, assim como pelas declarações de ontem do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que recolocaram na cotação do dólar o prêmio do risco de intervenções governamentais, segundo operadores.

No fechamento, o dólar comercial terminou cotado a R$ 1,674, em alta de 0,60% no mercado interbancário de câmbio.Na BM&F, a moeda registrou elevação de 0,68%, a R$ 1,6745. O euro comercial cedeu 0,54% a R$ 2,204.

"Além de o dólar ter tomado a dianteira lá fora, o mercado doméstico parece ter enxergado a disponibilidade de Mantega em fazer algo, se necessário", avalia José Carlos Amado, da Renascença Corretora.

O Banco Central realizou dois leilões de compra de dólares hoje. No primeiro deles, a taxa de corte foi definida em R$ 1,6666. No leilão vespertino, a taxa ficou em R$ 1,6748. Os dois leilões, segundo analistas do mercado, fazem parte da estratégia do governo de, por enquanto, administrar o câmbio no "dia a dia".

No exterior, o que ajudou a alavancar o dólar foi o dado do mercado de trabalho privado nos EUA. O dólar superou 83 ienes pela primeira vez em duas semanas depois que a pesquisa ADP mostrou que foram criados 297 mil empregos no setor privado dos EUA durante dezembro. Os economistas previam expansão de 100 mil cargos.

Câmbio turismo

Nas operações de câmbio turismo, o dólar cedeu 0,56% hoje para R$ 1,78 (venda) e R$ 1,673 (compra). O euro turismo caiu 0,72% para R$ 2,34 (venda) e R$ 2,197 (compra), em média.