EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2011 às 10h45.
São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em baixa de 0,58%, cotado a R$ 1,710 no mercado interbancário de câmbio. Ontem, a moeda americana havia fechado em R$ 1,72. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), a moeda norte-americana à vista abriu o dia em queda de 0,35%, a R$ 1,712.
Mais um sinal claro de que o mercado doméstico está ávido por dólares foi dado ontem pelo Banco Central, que pela primeira vez, desde 22 de dezembro de 2010, não fez nenhum tipo de intervenção no mercado de câmbio brasileiro. Os analistas fizeram uma segunda interpretação: a taxa atual estaria perto do teto desejado pela autoridade monetária. Cabe lembrar que, na última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o cenário de referência usava câmbio de R$ 1,60. Uma taxa "entre R$ 1,70 e R$ 1,75 já muda alguma coisa", ponderou um operador.
No exterior, o dólar também perdia espaço frente a outras moedas emergentes, mas as quedas eram francas, de até 0,20%, às 9h45. O mesmo comportamento morno ocorria na relação com as moedas fortes.
Apesar da queda generalizada do dólar na manhã de hoje, a intensidade fraca da trajetória deixa claro que as tensões do mercado não evaporaram. O que parece haver é um intervalo aberto ontem pelas declarações da Alemanha e da França de que a Grécia é parte "indivisível" da zona do euro, até que surja uma nova informação que ajude a consolidar a melhora, ou que traga de volta o nervosismo. "O mercado continua atento, sensível e volátil e reagirá a qualquer coisa", estima um especialista.
Enquanto a Europa dá um pouco de sossego, os investidores focam os EUA, onde saíram diversos indicadores nesta manhã.