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Dólar comercial abre em alta de 0,18%, a R$ 1,662

Moeda continua subindo desde sexta-feira, quando estava com cotação de R$ 1659

Dados macroeconômicos e alta do dólar podem ganhar peso nos negócios (Getty Images)

Dados macroeconômicos e alta do dólar podem ganhar peso nos negócios (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2011 às 10h40.

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em alta de 0,18%, negociado a R$ 1,662 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de sexta-feira, a moeda americana subiu 0,12% e foi cotada a R$ 1,659 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar à vista abriu em alta de 0,24%, a R$ 1,6619.

O dia hoje deve ser do dólar. Desde sexta-feira, a moeda norte-americana sobe no mercado internacional, refletindo declarações de dois membros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) com direito a voto no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc). Charles Plosser, da Filadélfia, e James Bullard, de St. Louis, disseram que o desmonte das políticas acomodatícias surgidas no combate à crise do subprime está próximo e colocaram nas mesas a possibilidade de uma inversão na tendência de desvalorização do dólar, que dura mais de ano.

"O mercado precisa avaliar melhor qual seria a velocidade da retirada das medidas, da retomada da trajetória de alta dos juros e precisa ver os dados da economia norte-americana corroborarem a ideia", ponderou um operador nacional, explicando o fato de a valorização do dólar na manhã de hoje ser moderada. "A impressão é de que as declarações estão no preço e, agora, é preciso algo mais para sustentar a mudança de tendência", completou.

No Brasil, a alta do dólar deve encontrar um fator de apoio e outro de contraposição. O apoio é a percepção de que o governo continua atento e preparado para disparar medidas cambiais se considerar que a valorização do real está atrapalhando a economia doméstica. A contraposição deve ser dada pelos movimentos técnicos em torno da proximidade do vencimento dos contratos futuros de abril. A formação da taxa que será usada na liquidação desses ativos ocorre na quinta-feira, mas os operadores podem começar a se movimentar, de olho no vencimento desde já. Até o fim da semana passada, a avaliação dos operadores era de que a movimentação ao redor do vencimento beneficiaria a queda do dólar ante o real.

Os dados macroeconômicos dos EUA devem ganhar peso nos negócios. A renda pessoal no país, divulgada nesta manhã, subiu apenas 0,3%, ante estimativas de alta de 0,4%. Já os gastos pessoais aumentaram 0,7%, ante projeções de alta de 0,6%.

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