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Dólar comercial abre em alta de 0,40% a R$ 1,752

São Paulo - O dólar comercial iniciou em alta ante o real nas negociações de hoje no mercado interbancário de câmbio. Os primeiros contratos foram fechados com avanço de 0,40%, a R$ 1,752. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu em alta de 0,43%, cotado a R$ 1,7515. […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - O dólar comercial iniciou em alta ante o real nas negociações de hoje no mercado interbancário de câmbio. Os primeiros contratos foram fechados com avanço de 0,40%, a R$ 1,752. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu em alta de 0,43%, cotado a R$ 1,7515.

Hoje os mercados reúnem o lado ruim do noticiário internacional global e operam em tom negativo. No câmbio, as preocupações com a Grécia e a situação fiscal frágil de outros países da União Europeia (UE), como Portugal e Espanha, levam o euro para nível inferior a US$ 1,33 mais uma vez e são o fator principal de aversão ao risco, até o momento. Mas a agenda dos Estados Unidos também merece destaque e a depender das novidades que forem surgindo, pode vir a pesar mais na cotação do dólar no Brasil.

O clima negativo do exterior, no entanto, tende a ser minimizado no Brasil, como já vem ocorrendo. Ainda mais na véspera de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), em torno da qual o consenso é de que haverá uma alta do juro. Embora as apostas continuem divididas em relação à magnitude - 0,5 ponto porcentual ou 0,75 ponto porcentual - a ideia geral é de que o aumento inicia amanhã e se estende nos próximos meses. Isso é suficiente para justificar um movimento de arbitragem de juros, já que a perspectiva para as taxas internacionais ainda é de estabilidade.

O Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) também define juro amanhã. Os analistas continuam fechados na estimativa de que os valores serão mantidos. A despeito de dados recentes mostrando aquecimento em alguns setores, como o imobiliário, o mercado de trabalho ainda é frágil. E a venda de imóveis explodiu em resposta a incentivos do governo. Ainda assim, todas as atenções estarão voltadas para o comunicado da reunião do Fed, que eventualmente pode mostrar alterações. Uma sinalização de que o aperto monetário pode vir a ser feito em breve nos EUA mexeria com operações de arbitragem e o câmbio no Brasil. Mas isso deve ficar para amanhã ou quinta-feira.

Os operadores também vão ficar de olho nas movimentações em torno do vencimento dos contratos futuros de maio. Embora o grosso da rolagem e da disputa em torno da ptax (taxa média ponderada pelo BC) seja previsto para o final da semana, alguma coisa pode ser adiantada. Principalmente se o noticiário fornecer armas para a defesa do interesse dos investidores.

Na agenda doméstica, o destaque é o Indicador de Nível de Atividade (INA), de março que mede atividade da indústria paulista. A FGV divulgou hoje o Índice de Confiança do Consumidor, que subiu de 0,7% em março para 3,5% em abril. Esses dados podem mexer com o mercado de juros futuros e respingar no dólar. Internamente pode ter algum impacto nos negócios, também, a decisão, anunciada ontem pelo governo, de usar o Fundo Soberano do Brasil para capitalizar empresas estatais. Isso pode, eventualmente, roubar o poder de fogo de atuação no câmbio.

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