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Dólar cai a R$3,70 com vantagem de Bolsonaro e busca por risco no exterior

Às 10:14, o dólar recuava 0,97 por cento, a 3,6981 reais na venda, depois de ter alcançado na mínima 3,6947 reais

O dólar iniciou a terça-feira em queda ante o real (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

O dólar iniciou a terça-feira em queda ante o real (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de outubro de 2018 às 09h28.

Última atualização em 16 de outubro de 2018 às 11h09.

São Paulo - O dólar operava em queda nesta terça-feira e foi abaixo de 3,70 reais, influenciado pelo ambiente de maior busca pelo risco no exterior e após nova pesquisa eleitoral consolidar o cenário de ampla vantagem de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa à Presidência da República.

Às 10:14, o dólar recuava 0,97 por cento, a 3,6981 reais na venda, depois de ter alcançado na mínima 3,6947 reais. O dólar futuro tinha queda de cerca de 1 por cento.

Na véspera, a moeda norte-americana fechou em baixa de 1,18 por cento, a 3,7342 reais.

"O Ibope deu praticamente como certa a eleição de Bolsonaro e agora o dólar testa o suporte de 3,70 reais", afirmou o sócio da assessoria de investimentos Criteria Investimentos, Vitor Miziara.

"Passada a eleição, poderemos ver um fluxo de venda no dólar, mas com menor volume, já que os investidores começam a colocar nos preços a expectativa pelo plano do novo governo, principalmente reforma da Previdência", acrescentou.

Na noite de segunda-feira, o levantamento Ibope mostrou que Bolsonaro tem 59 por cento dos votos válidos, contra 41 por cento de Fernando Haddad (PT), repetindo o quadro apontado na véspera em pesquisa encomendada pelo BTG Pactual.

A preferência do mercado financeiro por Bolsonaro é apoiada no seu coordenador econômico, o economista liberal Paulo Guedes, e a expectativa é de que eles imponham uma agenda de reformas, corte de gastos e ajuste fiscal.

"Outra medição que vem chamando a atenção é a rejeição de Haddad, a qual tem superado a do candidato do PSL em praticamente todos os estudos para o segundo turno....(e) ajuda a alavancar apostas de que dificilmente o PT 'virará o jogo' até o dia 28", escreveu o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado, em relatório.

"Com esse estudo consolidando – mas não fortalecendo – a leitura otimista de investidores, o mercado tende a manter a resiliência de ativos locais, mas sem deixar de observar o clima no exterior", acrescentou.

No exterior, a terça-feira é marcada pela busca por ativos de maior risco, o que faz o dólar perder força ante as divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

A moeda tinha ainda leve baixa ante a cesta de moedas, permanecendo perto das mínimas de 3 semanas, após dados fracos dos Estados Unidos aliviarem a pressão sobre um banco central norte-americano mais hawkish na política de aumento dos juros.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de novembro, no total de 8,027 bilhões de dólares.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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