Dólar: às 10h30, a moeda norte-americana caía 0,75 por cento, a 2,6223 reais na venda (Karen Bleier/AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2015 às 09h48.
O dólar chegou a recuar 1 por cento ante o real nesta sexta-feira, aproximando-se do patamar de 2,60 reais que investidores não conseguiram sustentar na véspera, em meio a expectativas de maior disciplina fiscal no Brasil e liquidez global abundante.
Às 10h30, a moeda norte-americana caía 0,75 por cento, a 2,6223 reais na venda. Na mínima da sessão, o dólar chegou a 2,6152 reais. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 34 milhões de dólares.
"O cenário está positivo nos últimos dias e o mercado está aproveitando para ver até onde consegue chegar com o dólar", disse o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano, ressaltando que o patamar de 2,60 reais se mostrou uma "referência".
Expectativas de maior rigor fiscal no Brasil, de um programa de estímulos do Banco Central Europeu (BCE) e de juros baixos nos Estados Unidos por mais tempo do que o esperado vêm trazendo alívio aos mercados domésticos nas últimas semanas. Na véspera, esses fatores levaram o dólar a recuar abaixo de 2,60 reais momentaneamente, mas a baixa atraiu compradores e a divisa voltou a subir, terminando o dia em alta.
O principal obstáculo a essa recuperação do real tem sido a queda dos preços do petróleo , que vem alimentando a aversão ao risco nos mercados globais nas últimas semanas.
Nesta sessão, contudo, a commodity avançava, abrindo espaço para que o dólar retomasse o recuo.
"Com o mercado mais tranquilo lá fora, há margem para uma recuperação aqui", disse o operador de uma corretora internacional.
Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 2 mil swaps pelas atuações diárias. Foram vendidos 1 mil contratos para 1º de setembro e 1 mil para 1º de dezembro, com volume correspondente a 98,3 milhões de dólares.
O BC fará ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de fevereiro, que equivalem a 10,405 bilhões de dólares, com oferta de até 10 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 47 por cento do lote total.