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Dólar cai mais de 1% com apetite por risco no exterior

Às 12:09, o dólar recuava 1,15 por cento, a 3,8703 reais na venda

Dólar: moeda americana caía ante o real durante o pregão desta segunda-feira (1º) (Fitria Ramli/EyeEm/Getty Images)

Dólar: moeda americana caía ante o real durante o pregão desta segunda-feira (1º) (Fitria Ramli/EyeEm/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 1 de abril de 2019 às 09h24.

Última atualização em 1 de abril de 2019 às 12h20.

São Paulo — O dólar caía mais de 1 por cento ante o real nesta segunda-feira, com um cenário de maior apetite por risco no exterior após dados inesperados de recuperação da indústria da China e sinais de progresso nas negociações entre Washington e Pequim.

Às 12:09, o dólar recuava 1,15 por cento, a 3,8703 reais na venda.

Na sexta-feira, a moeda terminou com variação negativa de 0,05 por cento, a 3,9154 reais na venda, mas em março a divisa acumulou alta de 4,32 por cento, maior aumento mensal desde agosto de 2018.

O dólar futuro caía por volta de 1,3 por cento.

A maior disposição por risco no exterior beneficiava moedas emergentes nesta segunda-feira, mas o impacto sobre o real era em parte limitado ainda por resquícios das tensões políticas da semana passada, o que pôde ser percebido também no baixo fluxo de venda de dólares.

"No caso do real não foi tão bom por causa do baixo fluxo de venda, ainda pela história da Previdência. Mesmo com o (ministro da Economia Paulo) Guedes tomando a frente com o (presidente da Câmara, Rodrigo) Maia, o mercado vai adotar a postura de 'ver para crer'", afirmou o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

"Foram muitos momentos de discordância que fizeram com que o mercado ficasse mais atento e cético", completou

O Índice de Gerente de Compra (PMI, na sigla em inglês) oficial da China mostrou, no domingo, que a atividade industrial cresceu inesperadamente em março pela primeira vez em quatro meses. O PMI do Caixin/Markit, divulgado nesta segunda-feira, também mostrou retorno ao crescimento da indústria do país.

Sinais de avanços nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China também endossam o apetite por risco. EUA e China disseram que fizeram avanços nas discussões concluídas na sexta-feira em Pequim, com Washington afirmando que foram "francas e construtivas".

No domingo, a China disse que continuará suspendendo tarifas adicionais sobre veículos e autopeças dos EUA após 1º de abril, em um gesto de boa vontade após a decisão dos EUA de adiar altas tarifárias sobre importações chinesas, um gesto de boa vontade após decisão norte-americana de adiar altas tarifárias sobre importações chinesas.

Internamente, não há nada esperado na agenda política do dia, mas ainda há cautela depois das tensões políticas entre Executivo e Legislativo que aconteceram na semana passada.

Para quarta-feira, está prevista a ida do ministro da Economia, Paulo Guedes, à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e investidores monitoram com atenção a participação dele.

"A reunião do Guedes na CCJ vai ser fundamental para que se tenha melhora em termos de visão futura do que pode ocorrer", afirmou Rodrigues.

O Banco Central vendeu nesta segunda-feira todos os 5.350 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão de rolagem do vencimento maio. O lote a vencer em 2 de maio soma 4,843 bilhões de dólares. A venda de swaps cambiais tradicionais equivale a uma colocação de dólares no mercado futuro.

O BC fez ao longo de março a rolagem integral dos 12,321 bilhões de dólares com vencimento em abril.

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