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Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2011 às 16h17.
Por Silvana Rocha
São Paulo - Apesar dos dois leilões de compra realizados hoje pelo Banco Central, o dólar comercial caiu pelo segundo dia seguido e fechou as negociações no mercado interbancário de câmbio cotado a R$ 1,663, queda de 0,66% no dia e de 0,06% no ano. É a taxa de câmbio mais baixa desde 3 de janeiro deste ano, quando o dólar fechou a R$ 1,65. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista cedeu 0,68% hoje e encerrou o pregão a R$ 1,6626. Já o euro comercial subiu 0,39% para R$ 2,30.
Nas operações de câmbio turismo, o dólar ficou estável a R$ 1,78 na ponta de venda e a R$ 1,677 na compra. O euro turismo subiu 1,69% para R$ 2,40 (venda) e R$ 2,273 (compra).
Os indicadores favoráveis de atividade nos EUA, na zona do euro e no Reino Unido em janeiro e a percepção de que a tensão política no Egito não está interrompendo o fluxo de petróleo na região do Golfo Pérsico trouxeram certo alívio aos investidores, que migraram para as Bolsas e moedas de maior risco, como o euro e o real.
Além da desvalorização externa do dólar, o fluxo de recursos continua favorável ao Brasil e, nesse ambiente, os instrumentos cambiais usados pelo Banco Central não impedem o recuo das cotações da divisa, mas ajudam a limitar a velocidade das perdas ante o real, disse o operador José Carlos Amado, da Renascença Corretora. "Os leilões de swap reverso e de compra a termo contribuem para diversificar a forma de contratação do dólar. De todo modo, a demanda continua concentrada no Banco Central", avalia. Nos dois leilões de compra de dólar no mercado à vista hoje, o BC fixou as taxas de corte das propostas em R$ 1,6645 e em R$ 1,6622.
No mercado internacional, o euro acelerou o movimento de alta em relação ao dólar e superou US$ 1,38 pela primeira vez desde 11 de novembro de 2010. Além de a atividade do setor manufatureiro da zona do euro ter acelerado para o maior nível em nove meses em janeiro, puxada pelo desempenho da Alemanha, as preocupações com a situação da dívida da zona do euro diminuem em meio às expectativas de que as autoridades vão apresentar em março um plano viável de resolução da crise da dívida na região. As especulações de que o Banco Central Europeu eleve as taxas de juros em breve para controlar a inflação na zona do euro também continuam colaborando para a alta da moeda europeia.