BC: a moeda norte-americana renovou a mínima do dia, a 3,6680 reais no início da tarde, logo após o BC chamar leilão de novos swaps cambiais tradicionais com oferta de até 30 mil, vendidos integralmente (Gary Cameron/Reuters)
Reuters
Publicado em 12 de junho de 2018 às 13h17.
São Paulo - O dólar voltou a ampliar a queda e caía mais de 1 por cento, para a casa de 3,67 reais, após o Banco Central realizar nova intervenção no mercado, levando os investidores a deixarem o cenário externo em segundo plano.
Às 13:02, o dólar recuava 1,26 por cento, a 3,6799 reais na venda, depois de subir 0,54 por cento na véspera.
A moeda norte-americana renovou a mínima do dia, a 3,6680 reais no início da tarde, logo após o BC chamar leilão de novos swaps cambiais tradicionais com oferta de até 30 mil, vendidos integralmente.
"O mercado está cauteloso em função da reunião do Fed e questões internas, mas ele se mantém amortecido com o BC agindo", afirmou o operador de câmbio da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Na semana passada, o BC prometeu injetar 20 bilhões de dólares adicionais em novos swaps cambiais - equivalentes à venda futura de dólares - até a próxima sexta-feira para dar liquidez ao mercado e ajudar a conter a volatilidade.
Mais cedo, o BC já havia feito um leilão com o mesmo tamanho, também vendido integralmente, colocando neste mês, até o momento, 16,116 bilhões de dólares em novos swaps.
Também vendeu a oferta integral de até 8.800 swaps cambiais tradicionais para rolagem, já somando 3,520 bilhões de dólares do total de 8,762 bilhões de dólares que vence em julho. Se mantiver esse volume até o final do mês, fará rolagem integral.
O dólar chegou a subir ante o real nesta sessão, em sintonia com o exterior, com os investidores cautelosos com o desfecho do encontro de política monetária do Federal Reserve, banco central norte-americano, no dia seguinte, depois de terem recebido dados em linha sobre a inflação norte-americana.
"No geral, esses números estão alinhados com as expectativas e, como tal, não devem movimentar muito os mercados hoje ou mudar o debate para os formuladores de políticas antes da reunião do Fed amanhã", afirmou o analista da gestora CIBC Andrew Grantham.
Ele referia-se ao índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos de maio divulgado nesta manhã, com alta de 0,2 por cento, dentro do esperado.
O Fed acompanha uma medida de inflação diferente, que está um pouco abaixo da meta de 2 por cento. A autoridade deverá aumentar a taxa de juros pela segunda vez este ano na quarta-feira.
Os economistas estavam divididos sobre se sinalizará mais um ou dois aumentos dos juros em seu comunicado. Taxas elevadas têm potencial de atrair aos Estados Unidos recursos aplicados em outras praças financeiras, como a brasileira.
O dólar exibia tímidas oscilações ante uma cesta de moedas, e subia ante a maioria das divisas de países emergentes.