Mercados

Dólar abre em queda com otimismo sobre estímulo americano

Negociações acerca de pacote econômico volta a ditar o ritmo do mercado; PMIs e debate presidencial nos EUA também estão no radar

Dólar: na véspera, a divisa norte-americana teve queda de 0,38%, a 5,5949 reais na venda (halduns/Getty Images)

Dólar: na véspera, a divisa norte-americana teve queda de 0,38%, a 5,5949 reais na venda (halduns/Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 23 de outubro de 2020 às 09h42.

Última atualização em 23 de outubro de 2020 às 12h07.

O dólar recua contra o real nos primeiros negócios desta sexta-feira, 23, acompanhando a desvalorização internacional da moeda americana. No mercado, o maior apetite ao risco reflete o maior otimismo em torno do pacote de estímulo dos Estados Unidos, após novas sinalizações de que um acordo entre democratas e republicanos estaria próximo. Na quinta, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, chegou a comentar que as negociações estariam “quase lá”.  O mundo está mais complexo, mas dá para começar com o básico. Veja como, no Manual do Investidor.

“O investidor americano ainda está esperançoso sobre o pacote. Essa novela interminável está nutrindo o mercado nesta semana”, afirma Jefferson Ruik, diretor de câmbio da Correparti.

Segundo Ruik, além das discussões sobre estímulos, o debate entre o candidato democrata Joe Biden e o presidente Donald Trump também está fazendo preço no mercado de câmbio. “O Biden foi considerado o vencedor do debate. Se ele se confirmar como o presidente,o mercado acredita que vem um pacote de estímulo ainda maior. Isso tudo é prejudicial para o dólar”, diz.

No radar dos investidores também estão os dados dos Índices de Gerente de Compras (PMIs, na sigla em inglês) de outubro. Divulgado ainda de madrugada, o PMI industrial da Zona do Euro ficou em 54,4 pontos, acima das expectativas de 53,1 pontos e da linha de corte dos 50 pontos que divide a expansão da contração da atividade. Por outro lado, o PMI composto veio abaixo dos 50 pontos, assim como o PMI de serviços. No continente, o destaque positivo ficou com os PMIs da Alemanha, onde o PMI Industrial bateu 58 pontos.

No Brasil, as atenções se voltaram para o IPCA-15 de outubro, que apresentou alta da inflação de 0,94% ante expectativa de alta de 0,81%. O resultado foi o maior desde dezembro do ano passado. “Inflação tem que derrubar com [alta dos] juros. Mas já se falou que o Banco Central deve manter a taxa de juros estável por um longo tempo. É um indicador que tem que ser acompanhado, mas não chegou a fazer preço”, comenta Ruik.

Acompanhe tudo sobre:DólarMoedas

Mais de Mercados

Omnicare, da CVS, pede falência após condenação de US$ 949 milhões

Oracle nomeia dois novos co-CEOs em meio à expansão em IA

Spirit Airlines vai deixar em licença 1.800 comissários durante 2ª falência em menos de um ano

Tarifaço reduz exportações de tecnologia da China para os EUA, mas Ásia mantém crescimento