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Dólar cai e volta abaixo de R$3,20 com entrada de recursos

Às 15:43, o dólar recuava 0,77%, a 3,1970 reais na venda, após subir 0,74% no pregão passado, mas fechar a última semana com baixa de 0,86%

Dólar: "Tem havido fluxo para Brasil, boa parte para renda fixa", comentou o operador da corretora Mirae Asset (Mark Wilson/Getty Images)

Dólar: "Tem havido fluxo para Brasil, boa parte para renda fixa", comentou o operador da corretora Mirae Asset (Mark Wilson/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 16h12.

São Paulo - Com entradas mais intensas de recursos, o dólar aprofundou a queda nesta segunda-feira, voltando a ficar abaixo do patamar de 3,20 reais, depois de passar parte do pregão com pequenas oscilações diante da cena externa.

Às 15:43, o dólar recuava 0,77 por cento, a 3,1970 reais na venda, após subir 0,74 por cento no pregão passado, mas fechar a última semana com baixa de 0,86 por cento.

O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,90 por cento. Na máxima do dia, a moeda norte-americana chegou a 3,2327 reais e, na mínima, a 3,1907 reais.

"Tem havido fluxo para Brasil, boa parte para renda fixa", comentou o operador da corretora Mirae Asset, Olavo Souza. "E está havendo abertura do mercado para captação, o que favorece essa trajetória."

Um dos fatores que alimentaram a expectativa de mais entradas de recursos externos no país foi o anúncio da Petrobras, mais cedo, de que fará oferta de novos títulos para alongar a dívida.

Desde a semana passada operadores comentavam que fluxos pontuais de entrada de recursos estavam ocorrendo no mercado, ajudando a reduzir a cotação do dólar frente ao real.

No exterior, o dólar também passou a cair ante uma cesta de moedas, embora continuasse a subir sobre os pesos mexicano e chileno.

Os mercados estão de olho no futuro governo de Donald Trump, que assume a Presidência dos Estados Unidos no próximo dia 20, diante de suas promessas de adotar uma política econômica inflacionária.

Os investidores temem que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa elevar ainda mais os juros e atrair para a maior economia do mundo recursos hoje aplicados em outras praças, como a brasileira.

"O mercado está também em compasso de espera pelo início da gestão de Donald Trump", comentou mais cedo o operador da corretora Ourominas, Maurício Gaioti.

O Banco Central brasileiro, por enquanto, não anunciou qualquer intervenção no mercado cambial para esta sessão.

Segundo profissionais, o BC já deixou claro que vai agir para corrigir distorções e, por enquanto, a volatilidade tem se mantido relativamente controlada. A última vez que a autoridade monetária atuou foi em 13 de dezembro passado.

"Acredito que pode crescer a pressão do mercado por uma atuação do BC abaixo dos 3,20 reais", comentou o operador de uma corretora doméstica.

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