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Dólar cai e volta a R$ 3,30, mas cautela com política continua

Às 10:33, a moeda americana recuava 0,49 por cento, a 3,3024 reais na venda, depois de subir 0,51 por cento na véspera

Banco Central realizará nesta sessão mais um leilão de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais (Getty Images/Getty Images)

Banco Central realizará nesta sessão mais um leilão de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais (Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 28 de junho de 2017 às 11h16.

São Paulo - O dólar operava em queda ante o real e de volta ao patamar de 3,30 reais nesta quarta-feira, acompanhando o cenário externo, mas com a cautela ainda imperando entre os investidores diante da cena política doméstica.

Às 10:33, o dólar recuava 0,49 por cento, a 3,3024 reais na venda, depois de subir 0,51 por cento na véspera. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,35 por cento.

A moeda norte-americana recuava frente a moedas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno, influenciado pelo fracasso dos republicanos em aprovar a reforma da saúde nos Estados Unidos, prejudicando ainda mais a crença nas promessas do presidente Donald Trump para sustentar o crescimento.

O dólar também tinha leve queda frente a uma cesta de moedas após indicações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, de que as autoridades estão prontas para começar a retirar o estímulo emergencial para a economia que dominou as decisões de política monetária por quase uma década.

Internamente, o mercado continuava atento à crise política, com temores de que o andamento das reformas no Congresso Nacional seja prejudicado. Um teste de fogo nesta sessão será a votação da reforma trabalhista na Comissão de Constitução e Justiça (CCJ) do Senado.

"Se o texto não passar na CCJ, será bastante negativo, mostrará a dificuldade do governo em agregar a base", afirmou o sócio da assessoria de investimentos Criteria Investimentos, Vitor Miziara.

Na semana passada, o governo surpreendentemente foi derrotado na votação da matéria da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, demonstração de menor força política do presidente Michel Temer.

Temer foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelo crime de corrupção passiva e pode fazer novas denúncias, já que o presidente também é investigado por crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa.

A crise política acabou alimentando temores de que as reformas trabalhista e da Previdência podem ficar ainda mais difíceis de ser aprovadas por completo.

"O fatiamento das denúncias pelo procurador-geral diminuiu as chances delas (reformas) serem aprovadas. A expectativa, no entanto, é de que elas ainda passarão", afirmou o operador da Ourominas Corretora Maurício Gaioti.

O Banco Central realizará nesta sessão mais um leilão de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem julho.

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