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Dólar cai e volta a R$3,26 de olho em Fed e BC do Japão

De modo geral, a percepção é de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, não vai elevar sua taxa de juros no encontro desta quarta-feira


	Dólar: a moeda norte-americana recuou 0,53%, a 3,2610 reais na venda, depois de cair quase 1% ao longo do pregão
 (Reprodução/Thinkstock)

Dólar: a moeda norte-americana recuou 0,53%, a 3,2610 reais na venda, depois de cair quase 1% ao longo do pregão (Reprodução/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2016 às 17h53.

São Paulo - O dólar terminou a terça-feira em queda, de volta ao nível de 3,26 reais, num dia marcado por fluxo positivo de recursos e com investidores à espera das reuniões de política monetária nos Estados Unidos e no Japão no dia seguinte.

A moeda norte-americana recuou 0,53 por cento, a 3,2610 reais na venda, depois de cair quase 1 por cento ao longo do pregão e bater 3,2458 reais na mínima do dia. O dólar futuro cedia cerca de 0,45 por cento no final desta tarde.

"Temos visto fluxo de fundos estrangeiros, já que a perspectiva de não haver aumento de juros nos EUA e corte de taxa pelo banco central japonês deixa o mundo mais líquido, com investidores atrás de retornos mais atrativos", comentou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.

De modo geral, a percepção é de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, não vai elevar sua taxa de juros no encontro desta quarta-feira, mas os mercados globais esperam sinalizações de quando esse movimento deve ocorrer; muitas apostas são de que ele virá ainda este ano.

No caso do Japão, a expectativa é de que a política monetária deve ser afrouxada ainda mais, segundo pesquisa Reuters, mas os economistas consultados estavam divididos sobre se o próximo passo será de cortar ainda mais sua taxa de juros negativa, aumentar ou recalibrar seu programa de compra de ativos ou mesmo fazer ambos movimentos.

O Brasil, assim como outras economias emergentes, oferece rendimentos mais elevados aos investidores.

A taxa básica de juros do país está em 14,25 por cento há mais de um ano, uma das mais elevadas do mundo.

Favoreceu ainda o recuo do dólar ante o real nesta sessão o clima doméstico mais otimista com a aprovação de reformas fiscais, depois de declarações de representantes do governo.

"As falas do (presidente Michel) Temer e de outros integrantes do governo nos últimos dias agradaram", comentou um operador de uma corretora paulista.

Em discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU nesta manhã, Temer disse que o país precisa retomar o crescimento econômico e a geração de empregos.

"Temos clareza sobre o caminho a seguir: o caminho da responsabilidade fiscal e da responsabilidade social."

O Banco Central vendeu esta manhã todo o lote de 5 mil contratos de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares.

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